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Alfredo Moreno pela Comissão para a Paz e Entendimento: ”temos uma longa história de discriminação (…) esquecemos nossas próprias raízes”

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• O trabalho realizado durante este tempo “é basicamente conversar com todos os grupos envolvidos, porque a missão é encontrar uma solução que seja aceitável para todos”.

Considerando que em novembro deste ano se encerra o prazo concedido pelo Presidente Boric para entregar o relatório com as conclusões da Comissão para a Paz e Entendimento, o copresidente da instância, Alfredo Moreno, falou sobre os avanços e os medos dessa iniciativa.

Em conversa com a rádio Infinita, ele explicou que o trabalho realizado durante este tempo “é basicamente conversar com todos os grupos envolvidos, porque a missão é encontrar uma solução que seja aceitável para todos”. “Temos uma entrada muito significativa do crime organizado”, assim como a presença de “drogas, armamentos e crimes atrozes como os que vivemos com os Carabineiros” assassinados em Cañete.

Ele acrescentou que, devido aos anos de violência e desentendimento, buscam mudar essa história, explicando que “temos um conflito histórico, que tem sua origem na criação do Estado-nação no Chile, mas além disso, depois temos uma longa história de discriminação, de pobreza (…) esquecemos nossas próprias raízes”.

Ele indicou que as pessoas estão muito desesperançadas com o processo devido aos esforços anteriores de governos que não funcionaram. “Isso acontece em muitos países, desde o Canadá até o Chile, onde houve conquistadores europeus, onde posteriormente houve a formação de Estados-nação e todos eles levaram à tomada de terras indígenas e à sua transferência para reservas, com maior dureza que no Chile ou até mais”.

Assim, próximo à data de entrega das conclusões que devem ser apresentadas em novembro, Moreno afirmou que “nos propusemos uma tarefa que, de propósito, tornamos mais difícil, porque temos uma comissão com 8 membros, muito diversos”. Ele afirmou que decidiram que “qualquer coisa que propusermos, faremos por unanimidade, porque não vamos conseguir isso se tivermos a oposição dos comunistas ou republicanos, ou do grupo A ou grupo B. Aqui precisamos do apoio de todos”.

Fonte:soychile.cl