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Os maus sinais e o tempo perdido no setor florestal

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Por René Muñoz, gerente da Acoforag

O projeto de lei que cria o Sernafor ainda não foi aprovado pelas comissões mistas de agricultura, meio ambiente, mudança climática e bens nacionais do Congresso.

O projeto de lei de incêndios não tem base política devido à sua abordagem inadequada e por não tratar os sinistros como um conceito holístico de prevenção, controle, reflorestamento e/ou florestamento e investigação do crime.

O projeto de lei de fomento ainda não foi apresentado ao Congresso devido à falta de convicção de nossas autoridades na necessidade de aumentar as florestas plantadas no país.

A Lei 21.455 de mudança climática não considera as florestas plantadas como sumidouros de carbono, ou seja, no Chile, as árvores que compõem as plantações (principalmente pinheiro insigne e eucalipto) por lei não capturam CO2.

Para que falar das modificações da Lei 20.283 de recuperação da floresta nativa e fomento florestal.

Por outro lado, o Conselho de Política Florestal, que reúne as opiniões e o consenso para o desenvolvimento e consolidação do setor florestal do país, está totalmente paralisado e sem o papel protagonista que deveria ter para cumprir as propostas da Política Nacional Florestal definidas para o período 2015 – 2035.

Essa política tem entre seus eixos estratégicos avançar na institucionalidade florestal, a produtividade e o crescimento, a inclusão e a equidade e a proteção e conservação do patrimônio florestal do país.

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Mas podemos continuar com os maus sinais: a diminuição de 350.000 hectares de florestas plantadas e de 250.000 hectares de floresta nativa devido aos incêndios florestais, a alta intencionalidade dos incêndios expressa em 80% na macrorregião sul, a falta de ação da justiça nesses casos (900 denúncias de incêndios na temporada 2023 – 2024 de empresas associadas à Corma com apenas 2 detidos, Corma 2024) e a violência permanente desde 1997, há 27 anos, contra os trabalhadores e contratistas florestais na região sul.

Para completar o quadro do cenário atual do setor, as empresas CMPC e ARAUCO anunciam a saída do país de seus investimentos com destino ao Brasil, país que lhes oferece condições e certezas jurídicas que no Chile não somos capazes de proporcionar, seja por incapacidade, inoperância ou ideologia das autoridades.

Diante deste cenário complexo de avanço muito lento para as necessidades reais do setor, manifestamos nossa preocupação de que todo o tempo que perdermos hoje em tomar uma decisão sobre o setor florestal, seja por leis ad hoc, fomento florestal ou novos investimentos na indústria, inevitavelmente teremos que esperar a rotação de uma floresta plantada para ver seus frutos (14 a 22 anos).

Os maus sinais e o tempo perdido, por um motivo ou por outro, nos cobrarão a conta.

Fonte:BiobioChile.cl

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