Sponsors

Salfa John deere
Comissão para a Paz prepara anúncios e empresários de La Araucanía esperam um efeito dinamizador da economia

Comissão para a Paz prepara anúncios e empresários de La Araucanía esperam um efeito dinamizador da economia

Sponsors

Banner Ponse H
  • O senador Francisco Huenchumilla adiantou que o relatório final da comissão poderia ser apresentado ao chefe de Estado.

Os avanços da Comissão Presidencial para a Paz e o Entendimento de La Araucanía, que serão sistematizados em um relatório entre setembro e novembro, podem dar lugar a um importante dinamismo nos investimentos e no emprego, antecipam empresários da região.

No âmbito da 25ª edição do Encontro Nacional Empresarial de La Araucanía, Enela 2024, realizado ontem em Temuco, o senador e copresidente dessa comissão, Francisco Huenchumilla, estimou que esperam contar com um relatório das principais conclusões da comissão em um prazo de três meses. Isso ocorreria após mais de um ano de conversas com todos os atores da região, em uma tentativa de unir acordos e desativar os atos de violência que impactaram uma das áreas com menor desenvolvimento do país.

Em novembro 

O senador informou que em novembro a Comissão Presidencial para a Paz e o Entendimento, da qual é copresidente com Alfredo Moreno, espera entregar ao Presidente Gabriel Boric sua proposta com os acordos alcançados pela instância.

Durante um ano de sessões, a comissão se reuniu para ouvir mais de 200 organizações.

Alfredo Moreno convidou a “que coloquemos todos os nossos esforços, energias, vontades; todos os encontros e reuniões para unir essas vontades”, para chegar aos acordos que se pretendem estabelecer.

“Há muitas coisas nas quais não estamos de acordo com as oito pessoas da comissão”, reconheceu o ex-ministro, mas alertou que “essas diferenças são onde podemos concordar”.

Há disposição para o diálogo, continuou. A comissão deveria ter sucesso se considerada a experiência internacional, em particular da Nova Zelândia, onde “conseguiram gerar orgulho de suas raízes maori”. Alertou que “não vai existir uma oportunidade como esta. É difícil que o sistema político entre em acordo para fazer um esforço e antepor suas legítimas diferenças e dores” ao bem-estar do país.

Para Carlos Llancaqueo, presidente da Corporação Aitué, “a comissão deve ter um caráter permanente”, por isso deve se manter “haja ou não acordo”. Finalizado seu trabalho, propôs que se criem “tribunais especiais que deem certeza jurídica” para fomentar o investimento.

Apoio empresarial

O presidente da CorpAraucanía, Diego Paulsen, valorizou a “cumplicidade” entre os copresidentes da instância, o que, em sua opinião, “dá esperanças”.

Antonio Soto, que preside a Corporação da Madeira (Corma) em La Araucanía, Los Ríos e Los Lagos, opinou que “o setor florestal é o mais interessado em que se chegue a bons acordos e que seja bom para todos”. Manifestou-se aberto a dialogar sobre terras e outras compensações, embora “esta comissão tenha a última palavra”, afirmou.

“O bloqueio no desenvolvimento que temos na região, devido ao conflito, mas também devido aos limites impostos pela lei indígena ao nosso povo, é enorme”, descreveu. Então, “estamos super esperançosos de que, mesmo que seja pouco, se possa traçar um avanço em desbloquear esses temas”, disse Karina von Baer, fundadora da Agrotop.

Como cidadão e empresário de La Araucanía, o gerente geral da Nualart Imobiliária e Construtora, José Miguel Nualart, declarou seu desejo de que desta vez, diferentemente de outras comissões, se chegue a “um bom resultado”. Embora admita que também existe a possibilidade de não dar certo, e considerou que essa opção seria inaceitável.

“Vamos querer aceitar mais 10 anos? Não, não estamos dispostos, porque agora se quer fazer algo concreto”, disse o empresário da construção.

E acrescentou: “Este acordo ao qual esperamos chegar significará uma saída, e não apenas uma saída instantânea, mas uma saída que vai envolver a nós, os empresários, a acreditar nisso, a confiar para poder continuar”.

Na opinião de Camilo Torrealba, gerente geral da Agrícola Alto Traiguén, a chave do próximo relatório e das conclusões da comissão passa necessariamente “por ceder posições”. Caso contrário, assegura, não se chegará a um pacto genuíno pela paz. “Muitos empresários podem investir aqui com segurança uma vez que isso seja corrigido. Estou muito esperançoso, mas para isso é preciso negociar”, disse Torrealba.

As ressalvas

Embora os anúncios dos membros da comissão presidencial tenham gerado expectativas no empresariado, alguns foram mais críticos, pois esperavam que o encontro do Enela 2024 fosse o marco para adiantar alguns anúncios das gestões realizadas.

“Eu teria esperado outra resposta, como que estivéssemos prestes a terminar. Isso está muito lento”, comentou Jorge Reinao, presidente da Cooperativa Rewe, que produz cerveja com maqui em associação com a empresa CCU.

O presidente da Câmara de Comércio e Turismo da Região de La Araucanía, Gustavo Valenzuela, enfatizou que um acordo definitivo evitaria passar para a história como uma das tantas comissões ou mesas de diálogo que finalmente não chegaram a soluções respaldadas por todos os setores. “Não podemos continuar convivendo 100 anos mais com essa problemática, que cada vez se agudiza mais. Se não fosse pelas forças militares e Carabineiros que hoje estão desdobrados na região, tudo seria mais complicado. Precisamos dessa paz para poder prosperar”, manifestou Valenzuela.

Críticas à ausência do Presidente no Enela

Na mesma hora em que começava o Enela, o Presidente Boric convidava em uma entrevista à Rádio Mirador, em Temuco, a que “deixemos de ficar apenas nos aspectos negativos ou na reclamação, e vejamos todo o potencial que tem a Região de La Araucanía (...). Com uma atitude diferente, mas com investimento, como estamos fazendo desde o Estado, vamos poder sair adiante”.

Fonte: edição assinatura deEl Mercurio

Sponsors

komatsu Shovel Logger Banner 1
Publicação anteriorFortalecerão investigações do Ministério Público para localizar responsáveis por incêndios florestais
Próxima publicaçãoCompromisso florestal de El Teniente: resgatar, reproduzir e reflorestar
Comentarios (0)
Ainda não há comentários.
Deixe um comentário
captcha