Bolívia mobiliza especialistas do Chile e 3.000 brigadistas para áreas afetadas por incêndios
- Esta equipe internacional trabalhará em coordenação com o pessoal técnico boliviano para otimizar as tarefas de combate aos incêndios.
A Bolívia está em uma luta desesperada contra o tempo e as chamas, após declarar "emergência nacional" devido aos incêndios florestais que devastaram mais de 4 milhões de hectares de florestas e pastagens. O presidente Luis Arce anunciou o envio de um contingente massivo de mais de 3.000 bombeiros florestais, juntamente com a chegada de quatro especialistas do Chile, para combater os incêndios na região oriental de Santa Cruz, a mais afetada por esta catástrofe ambiental.
De Cochabamba, um avião Hércules transportou os bombeiros para Santa Cruz, em um ato que contou com a presença do mandatário boliviano. Esses efetivos serão distribuídos nos municípios mais necessitados para reforçar as operações de extinção do fogo. O ministro da Defesa, Edmundo Novillo, comunicou a chegada de dois especialistas em análise e simulação de incêndios, além de dois experts em operações de incêndios florestais do Chile, que se dirigirão ao município de Concepção para estabelecer o Comando Conjunto Binacional Bolívia - Chile.
Esta equipe internacional trabalhará em coordenação com o pessoal técnico boliviano para otimizar as tarefas de combate aos incêndios. A ajuda internacional também inclui o envio de aeronaves, equipamentos e mais especialistas para enfrentar a emergência. A situação afetou a visibilidade no aeroporto internacional de Viru Viru, perturbando as operações aéreas no principal motor econômico do país.
O presidente Arce instruiu a contratação de aviões-tanque para intensificar os esforços contra o fogo, que não apenas consumiu vastas áreas de vegetação, mas também impactou a produção e o turismo em regiões como a Chiquitânia. A fumaça dos incêndios atingiu outras regiões, levando as autoridades a orientar que crianças e adolescentes tenham aulas de forma virtual para protegê-los da densa fumaça.
Os incêndios florestais, que começaram em maio e se intensificaram, representam uma ameaça sem precedentes para a biodiversidade e a vida das comunidades afetadas. O ano de 2019 registrou o maior número de hectares queimados, com 5,3 milhões, mas o presente ano já viu a destruição de mais de 3,3 milhões, o que ressalta a gravidade da situação atual.
O governo boliviano e a comunidade internacional continuam trabalhando juntos em um esforço para controlar os incêndios e mitigar seus efeitos devastadores sobre o meio ambiente e a população.