Promotor Garrido expressa preocupação com excessiva demora de audiências em casos de violência rural
O promotor regional de La Araucanía, Roberto Garrido, dedicou um capítulo de sua Conta Pública ao que chamou de problema da demora das audiências em casos emblemáticos da chamada violência rural.
O persecutor penal citou como exemplo o homicídio do suboficial Francisco Benavides, onde a preparação do julgamento foi adiada em aproximadamente dez ocasiões por diversos motivos.
Garrido afirmou que, nesse caso, o Ministério Público dispôs de 197 dias (aproximadamente 6,5 meses) após a formalização da investigação para apresentar a acusação. No entanto, desde que essa etapa foi apresentada até a audiência efetiva de preparação do julgamento oral, transcorreram 852 dias (quase 28 meses).
Em sua opinião, a desproporção é considerável e preocupante, refletindo problemas de gestão (e eventualmente de abuso do direito) que podem acabar enfraquecendo o sistema de garantias para todos os cidadãos.
A deputada por La Araucanía, Gloria Naveillán, também manifestou preocupação com esse tema e se mostrou aberta à possibilidade de legislar a respeito.
Crítica à qual também se somou o deputado da UDI, Henry Leal, afirmando que se trata de um abuso das manobras processuais dos advogados, defendendo a criação de leis para acabar com essas situações.
O promotor regional Roberto Garrido disse que essa repetição de adiamentos afeta gravemente a possibilidade de oferecer justiça oportuna e mina a confiança da comunidade no sistema judicial, prolongando o sofrimento das vítimas.
Fonte:BiobioChile