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A uma semana do relatório da Comissão de Paz, mapuches pedem "mínimos necessários"

A uma semana do relatório da Comissão de Paz, mapuches pedem "mínimos necessários"

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Diante das dificuldades enfrentadas pela Comissão de Paz e Entendimento para alcançar acordos, conforme revelado por seus próprios integrantes e refletido em dois adiamentos da entrega do relatório final ao presidente Gabriel Boric, líderes mapuches apresentam os "mínimos necessários" que esperam que a proposta inclua, a qual será conhecida na próxima semana.

Entre as prioridades, pedem que seja estabelecida "uma rota", que se proponha "um acordo político, mais que técnico", que se elabore "um calendário para cumprir os objetivos" e que se conceda "acompanhamento às medidas que devam ser concretizadas".

Domingo Namuncura (PPD), acadêmico e ex-diretor da Corporação de Desenvolvimento Indígena (Conadi), que em dezembro e janeiro abordou o tema em amplos encontros com representantes indígenas realizados em Santiago e Biobío, alerta que "em geral, existe grande desânimo com a política indígena do Estado, porque há compromissos que não foram cumpridos e porque não tem sido um programa claro, e tudo se concentra no que será o relatório da Comissão de Paz e Entendimento".

Além disso, afirma ter observado "que a impressão generalizada é que a proposta desta instância pode não estar à altura do que se espera e das expectativas iniciais".

Namuncura lembrou que a missão central da comissão era realizar uma proposta sobre as reivindicações de terras, "mas em seu trabalho abriu-se para ouvir outras questões e também fará propostas sobre outros assuntos, que são importantes, mas não o foco de sua tarefa". Em sua opinião, o básico é que "as propostas da comissão resultem em leis especiais para cumprir as recomendações, porque, caso contrário, tudo ficará em expressões de boa vontade".

Hugo Alcamán, presidente da Corporação de Profissionais Mapuches, considera que a comissão "deve entregar uma proposta política, uma rota, um compromisso do Estado com o povo mapuche para resolver o conflito que se mantém devido a inúmeras promessas não cumpridas".

Acrescenta que deve ser estabelecida "uma instância que acompanhe as propostas, para que estas se concretizem, porque o que será apresentado é uma política de Estado".

Carlos Llancaqueo, presidente da Corporação Intercultural Aitué, afirma que "o mínimo necessário é alcançar acordos transversais que, além dos prismas políticos, considerem o que é bom para o país e, especialmente, para levar a paz à macrorregião sul, no sentido de que os acordos tomados e as medidas adotadas priorizem a reconciliação". Além disso, enfatiza que "a comissão deve ser capaz de materializar as grandes expectativas geradas".

Richard Caifal, diretor do Centro de Política Indígena Rakizuam, considera que "o relatório deve ser minimalista, porque foi feito um grande esforço para elaborar um documento que aborda muitas questões, mas acredito que devem ser dados os lineamentos gerais e encarregar outras instâncias de traduzi-los em medidas mais concretas e técnicas".

Fonte:El Mercurio

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