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Durante o primeiro mês de 2025 ocorreram 3.069 incêndios, o que sugere um aumento de 18%

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A Conaf apresentou aos deputados as análises das situações dos incêndios florestais ocorridos até o momento. Além disso, a preparação dos brigadistas e os gastos associados aos sinistros.

A Corporação Nacional Florestal expôs perante a Comissão de Emergência, Desastres e Bombeiros seu plano de proteção contra incêndios florestais. A entidade exibiu uma série de dados e imagens coletadas dos incêndios que afetaram o território nacional e sua respectiva análise para melhorar o combate. A sessão contou com a presença da diretora executiva da Conaf, Aída Baldini, junto ao gerente Jorge Saavedra e o fiscal Daniel Correa.

Em primeiro lugar, a apresentação do gerente começou com uma avaliação em nível nacional, onde as mudanças climáticas desempenham um papel importante na origem e propagação do fogo. Junto a isso, mencionou o conceito de "incêndio catastrófico", que corresponde a um sinistro que excede os limites técnicos de controle, com comportamento imprevisível e propagação rápida.

Por sua vez, comentou que diversas análises obtidas nos desastres no Chile têm sido de grande ajuda para o combate a incêndios em outros lugares, como Los Angeles, Estados Unidos. Inclusive, informou que a entidade tem trabalhado em conjunto com brigadistas estrangeiros para uma maior coleta de dados.

Em números, durante o primeiro mês de 2025 ocorreram 3.069 incêndios, o que sugere um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, estes consumiram 14% menos de área em comparação com 2024. Além disso, destacou que, apesar do aumento dos sinistros, 91% deles foram extintos antes de consumir no máximo cinco hectares.

Posteriormente, a diretora apresentou uma série de dados relacionados aos implementos, maquinários e brigadistas disponíveis. Nesse sentido, ressaltou que as aeronaves contratadas por dia pelo Estado são mais caras que as da Conaf. Assim, enquanto um helicóptero da corporação custa entre 2.000 e 2.500 dólares por hora, os mesmos do Senapred custam entre 3.000 e 3.500 dólares.

Além disso, expôs as principais causas dos incêndios florestais: 66% são causados por negligência, 25% são intencionais e 7% representam causas acidentais. Igualmente, 0,4% são por causas naturais e 2% correspondem a causas indeterminadas.

Consultas parlamentares

O deputado Ricardo Cifuentes (DC) mostrou-se impressionado com a porcentagem de intencionalidade e negligência nos incêndios florestais. Perguntou sobre os mecanismos que a Conaf possui para prevenir isso e se existem espaços legislativos para punir essas atitudes. A chefe da corporação comentou que, pela primeira vez, estão sendo levados à prisão os causadores de incêndios por negligência. Atualmente, 50 responsáveis por sinistros foram detidos.

Por sua vez, disse que está em tramitação a lei de prevenção de incêndios, que permitirá ter áreas de interface e amortização. Junto a isso, um mapa de risco em nível nacional onde são exigidos corta-fogos e medidas preventivas contra desastres incendiários.

Posteriormente, a deputada Karen Medina (IND) perguntou sobre as condições e preparação dos brigadistas. Isso no contexto da tragédia dos 3 brigadistas mortos no combate a um incêndio florestal em Los Sauces. Baldini declarou que são realizados testes físicos e psicológicos para ingresso, selecionando os mais aptos. Além disso, mencionou que os chefes de brigada são escolhidos após várias temporadas de combate e experiência.

Finalmente, a presidente da instância, deputada Marcela Riquelme (FA), perguntou sobre a solicitação de aeronaves ao Senapred para incêndios, em relação aos custos mencionados. Também questionou o desempenho nas diversas regiões e se é necessário reforçar alguma.

Sobre os pontos, a diretora da Conaf respondeu que as aeronaves só são solicitadas quando há alerta vermelho, ou seja, quando há risco para moradias e pessoas. Quanto ao desempenho por regiões, os dados e análises coletados mostram que as regiões têm, em geral, um bom desempenho.

A Comissão reiterou o convite aos representantes da Conaf para a primeira sessão de março, a fim de continuar revisando esses temas.