Araucanía registra queda de crimes de violência rural em 2024 e atinge o número mais baixo em seis anos
Somente em 2024, o Ministério Público da Araucanía recebeu mais de 83 mil casos, o número mais alto na região desde o início da Reforma Processual Penal.
Apesar do aumento geral, quando se observam as denúncias por crime organizado ou violência rural na região, estas tiveram uma queda de 55% em comparação com 2023, totalizando 242.
Este é o número mais baixo em seis anos, muito distante de 2021, quando registrou o recorde de 978 casos.
O promotor regional da Araucanía, Roberto Garrido, destacou a diminuição dos casos de violência rural, vinculando-a à "estratégia de persecução focada em abordar a violência rural como crime organizado", atacando as estruturas e fontes de financiamento.
Em detalhe, os crimes de incêndio na região reduziram-se em 59%, as usurpações em 58%, os roubos de veículos em 25% e o roubo de madeira em 12%.
Na opinião do promotor, essa diminuição estaria ligada às condenações em casos emblemáticos, como a pena de 23 anos obtida contra o líder da Coordenadora Arauco Malleco (CAM), Héctor Llaitul.
Garrido acrescentou que, durante o ano passado, 82 acusados foram condenados em 41 casos relacionados à criminalidade organizada rural, e admitiu que, embora "tenhamos atingido as estruturas criminosas, desmantelado suas fontes de financiamento e levado a julgamento seus líderes (...), devemos ser claros: esses grupos não estão desarticulados, e ainda há um longo caminho a percorrer".
O promotor nacional, Ángel Valencia, valorizou o trabalho do Ministério Público da Araucanía em casos como o triplo homicídio de policiais, e reconheceu que "estão fazendo mais com as mesmas pessoas", mas acrescentou que "precisamos de recursos adicionais para a região, particularmente mais promotores, e, em especial, os profissionais que atendem às vítimas e testemunhas".
Fonte:El Mercurio