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Redução de ataques na Macrozona Sul: Sindicato florestal alerta sobre normalidade anômala

Redução de ataques na Macrozona Sul: Sindicato florestal alerta sobre normalidade anômala

“É uma melhora inegável, mas não reflete a realidade total”, diz o gerente da Acoforag, alertando sobre as 100 mil hectares em mãos de grupos radicais.

A Associação de Contratistas Florestais (ACOFORAG) informou que os ataques registrados na Macrozona Sul diminuíram 35% em 2024, passando de 40 incidentes em 2023 para 26 no ano passado.

Embora essa queda seja parcialmente atribuída ao efeito do Estado de Exceção nas regiões de Biobío e La Araucanía, o sindicato alerta que essa redução não reflete a realidade completa do setor florestal.

René Muñoz Klock, gerente da Acoforag, afirmou que “a queda tem explicações claras, principalmente a presença do Estado de Exceção e, infelizmente, o fato de que muitos contratistas deixaram de operar em zonas produtivas devido à insegurança”. “É uma melhora inegável, mas ainda é uma normalidade anômala”, acrescentou.

ZONAS DOMINADAS E LIMITAÇÕES PRODUTIVAS

Muñoz Klock detalhou que cerca de 100 mil hectares em Biobío e La Araucanía permanecem sob controle de grupos radicais, o que impede o acesso e o desenvolvimento de atividades florestais.

“Não estamos trabalhando em todas as áreas possíveis devido aos riscos, e isso, inevitavelmente, reduz os incidentes reportados”, explicou.

O líder sindical fez um apelo ao Estado para intensificar as ações e recuperar esses territórios. “O governo não pode se conformar com os números atuais. É necessário intervir nas zonas onde se sabe que operam grupos armados”, instou Muñoz.

NORMALIDADE ANÔMALA

Embora o Estado de Exceção tenha sido eficaz em reduzir os incidentes violentos, o representante dos contratistas alertou que essa medida não resolveu o problema de fundo. “As autoridades ficam com os números, mas não consideram que não se pode trabalhar em grandes áreas por medo de novos ataques”, criticou.

Os ataques recentes em Biobío e La Araucanía mostram que “os grupos ainda estão presentes, mesmo que os números tenham diminuído”, enfatizou Muñoz Klock. “Não queremos apenas menos ataques; queremos que desapareçam completamente”, destacou.

UM CHAMADO À AÇÃO

O gerente da Acoforag insistiu na necessidade de aplicar o Estado de Direito na Macrozona Sul por meio de vontade política e ações concretas. “É preciso intervir nos setores identificados pela população e pelas autoridades como zonas dominadas por grupos terroristas”, afirmou.

Muñoz concluiu exortando as autoridades a “ir além dos números e garantir condições que permitam a atividade produtiva sem riscos”. “Não podemos nos conformar com essa aparente normalidade”, finalizou.

Fonte:La Tribuna

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