Penco e a UdeC impulsionam a resiliência ambiental com o plantio de 620 espécies nativas
A Municipalidade de Penco, em conjunto com o centro de pesquisa EULA-UDEC, realizaram o encerramento do projeto que busca fortalecer a resiliência dos territórios frente a incêndios florestais, visando enfrentar os sinistros em zonas de interface urbano-florestal. Esta atividade foi realizada no Fundo Coihueco, onde foram plantadas 620 espécies nativas que servirão como barreiras naturais e potencializarão o maior pulmão verde do município.
Dentre as iniciativas do projeto está a educação da comunidade, por isso também foram instalados três painéis informativos, que têm como objetivo informar sobre o próprio projeto, conscientizar sobre os incêndios florestais e dar a conhecer as espécies nativas plantadas em diversos pontos do Fundo Coihueco.
Na iniciativa participaram: A Municipalidade de Penco, A Universidade de Concepción, o centro EULA da Universidade de Concepción, a empresa Forestal Arauco, a associação Parques para Penco, a associação indígena Koñintu Lafken Mapu Penco e o Centro de Desenvolvimento Urbano Sustentável.
Pulmão verde
O prefeito de Penco, Rodrigo Vera, comentou que com este projeto foi "possível fortalecer este pulmão verde, que temos a três minutos da praça do nosso município, um trabalho que vai de mãos dadas com medidas preventivas frente a sinistros florestais, mas sobretudo gera um passinho a mais para que Penco possa ter um pulmão verde e no futuro um grande parque para Penco". O edil argumentou que "nosso compromisso com o meio ambiente em Penco é como um diamante bruto que vai brilhando, porque da nossa praça estamos a três minutos da orla costeira com mais de 5000 m² de praia e a três minutos deste belo pulmão verde, o que gera um polo turístico que abraça o meio ambiente, mas sobretudo um lugar onde podemos caminhar e também agradecer a cultura cívica que nossos vizinhos e turistas estão adquirindo, porque isto hoje precisa ser cuidado e faz parte da biodiversidade e de um lugar que pode ser visitado respeitando o meio ambiente".
Francisco de Barrera, professor da Faculdade de Ciências Ambientais da Universidade de Concepción e coordenador do projeto, comentou "esta é a finalização de um projeto de pesquisa, no qual buscamos possibilidades alternativas e soluções para fortalecer a resiliência frente a incêndios florestais, particularmente após um processo de priorização das soluções mais pertinentes. Chegamos a desenvolver um processo de restauração ecológica em torno do rio Penco, de modo a fortalecer sua capacidade como corredor ecológico e ao mesmo tempo como barreira para o avanço dos incêndios quando estes chegam a lugares com espécies hidrófilas e nativas. Que são capazes de reter maior umidade e frear o avanço do incêndio diminuindo a propagação".
Indicadores diversos
O projeto teve diversas etapas que apresentaram vários indicadores para a revisão de soluções para o ecossistema. Priorizou-se a participação da comunidade para desenhar e implementar ações com evidência técnica e uma governança territorial.
Para a Lamién, María Flores Quilapán, presidente da associação Koñintu Lafken Mapu Penco "estamos muito contentes, porque nós como mulheres mapuches estamos sempre aqui, aqui nos reunimos, nos juntamos e fazemos atividades, fazemos orações e esta é a instância em que também se transmite sua cultura, o conhecimento que o povo mapuche tem, mas no município de Penco temos tido muito apoio da prefeitura (...) então muito contente de estar aqui e de seguir protegendo este lugar".
O plantio de 620 espécies, com o apoio da associação Parques para Penco e da prefeitura, busca contribuir para a conservação da biodiversidade e dos corpos d'água do local, fornecendo maior umidade e assim apoiando sua conservação.