Acoforag alerta que tarifas dos EUA afetarão as regiões madeireiras
O setor florestal expressou sua preocupação com o impacto que a taxa tarifária de dez por cento terá na economia nacional, que entrou em vigor a partir de hoje para os produtos chilenos que ingressam no mercado dos Estados Unidos.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas a diferentes países do mundo, e neste contexto, a indústria florestal chilena será afetada porque entrou em vigor uma tarifa de 10% sobre as importações de madeira macia e serrada, além de 25% sobre manufaturas elaboradas com madeira. A corporação chilena da madeira, Corma, indicou que esta medida adotada pelo governo norte-americano gera incerteza em relação às exportações. Também haverá um dano à economia local.
A Associação de Contratistas Florestais (Acoforag) afirmou que esta medida do governo estadunidense afetará o emprego, especialmente nas regiões madeireiras da zona central e sul do país.
René Muñoz, gerente e representante sindical desta associação, indicou que este é um novo golpe ao setor produtivo, que já é afetado pelos ataques nas regiões da macrorregião sul e pela falta de uma política de estado em relação ao setor florestal, que "atravessa uma crise estrutural há muito tempo, em termos de que está afetada pela violência da destruição terrorista, pela falta de planos de desflorestação para incrementar a massa de florestas plantadas, tem intencionalidade nos incêndios de até sessenta, setenta por cento, e também nos últimos tempos temos visto a fuga de capitais para outros países por falta de certeza jurídica no país. Acreditamos que a importância do setor florestal deve ser relevada, o estado tem que se responsabilizar".
Rodrigo O'Ryan, presidente da Corma, afirmou que "ainda é difícil saber como e quando poderíamos dimensionar seu impacto real, dada a complexidade das cadeias logísticas e da economia global. Por outro lado, embora o Chile não esteja entre os países com maiores aumentos, as tarifas, alguns ficarão com tarifas menores que nós, perdendo assim o Chile competitividade. Isto chega em um momento muito ruim para o setor florestal, já que, afetado pelo roubo de madeira, incêndios, violência rural e aumento do custo laboral e energético, está em uma situação muito complicada. Por isso, junto com a diplomacia, são necessárias medidas internas por parte do estado que impulsionem a demanda local para compensar a muito provável queda externa".
Os contratistas florestais e a Corma esperam que o governo atue a nível diplomático para reverter esta situação, e apoie internamente o setor para evitar mais danos especialmente às pequenas e médias empresas.
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