Exportações florestais do Biobío caem 37,3% em agosto e a celulose lidera os envios
As exportações florestais da Região do Biobío totalizaram US$ 190,2 milhões em agosto de 2025, registrando uma diminuição de 37,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
O setor florestal continua sendo o motor das exportações regionais, representando 56,3% do total exportado, apesar da contração generalizada dos envios. A fabricação de celulose, papel e cartão foi a atividade econômica mais relevante do período, com uma participação de 51,7%, enquanto as atividades florestais aportaram os 48,2% restantes.
Entre as mercadorias mais exportadas destacaram-se a celulose, com US$ 93,6 milhões (49,2% do total), embora com uma baixa interanual de 44,3%. Seguiram-se a madeira serrada com US$ 36,6 milhões (-38,7%) e a madeira compensada com US$ 23,7 milhões, único produto que mostrou um leve aumento de 3,4%.
Por destino, a China liderou as importações desde o Biobío com US$ 48,8 milhões (25,7% do total), apesar de uma forte queda de 45,9% em relação ao ano anterior. Os Estados Unidos ocuparam o segundo lugar com US$ 45,1 milhões (-23,3%), seguidos por Países Baixos, Coreia do Sul e México, que em conjunto concentraram 67,9% das exportações florestais regionais.
O relatório do INE também mostra que a tendência de baixa tem se estendido durante grande parte do último ano. Dos 13 meses analisados entre agosto de 2024 e agosto de 2025, as exportações florestais da região registraram quedas em oito meses, o que reflete uma desaceleração sustentada do setor. Apenas cinco meses apresentaram cifras positivas, principalmente por recuperações pontuais em outubro, dezembro e maio.
No acumulado de 2025, as exportações florestais do Biobío somam US$ 1.902 milhões, o que representa uma variação negativa de 16,4% frente ao mesmo período de 2024.
Apesar do retrocesso, o Biobío mantém-se como uma das regiões chave do país em matéria florestal, com uma indústria que continua sendo pilar da economia regional e nacional, e que enfrenta o desafio de recuperar competitividade nos mercados internacionais.
