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Especialistas alertam que o crime organizado estaria se consolidando na macrorregião sul diante de vácuos do Estado

Especialistas alertam que o crime organizado estaria se consolidando na macrorregião sul diante de vácuos do Estado

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Impacto causou o relatório sobre Crime Organizado no Chile 2025, elaborado pelo Ministério Público Nacional, que indica que na macrorregião sul foi detectada a presença de organizações criminosas transnacionais, como células vinculadas ao Tren de Aragua. As principais atividades dessas organizações, lê-se no documento, são o narcotráfico, a extorsão e o tráfico de pessoas.

Uma característica distintiva da macrorregião sul é a convergência de economias ilícitas tradicionais —como o narcotráfico, a extorsão e o tráfico de pessoas— com crimes associados a recursos naturais, como o roubo de madeira e salmão.

O relatório também relata que esses crimes evoluíram, desenvolveram cadeias logísticas complexas e adquiriram a capacidade de lavar ativos em mercados formais. No caso do roubo de madeira, as organizações atuam de forma articulada em todos os níveis da cadeia logística e empregam o método da falsificação documental para legalizar o recurso.

VULNERABILIDADES ESTRUTURAIS

Para o diretor do Observatório do Crime Organizado e Terrorismo (OCRIT), Pablo Urquíizar, a entrada de organizações criminosas transnacionais como o Tren de Aragua e a consolidação de mercados ilícitos altamente rentáveis —como madeira e drogas— evidenciam que "o crime organizado está aproveitando as vulnerabilidades estruturais do Estado, que são baixa presença institucional em zonas rurais e urbanas, efetivo policial escasso e risco de corrupção".

Para o ex-coordenador de segurança na macrorregião sul, o relatório também alerta para uma maior sofisticação tecnológica e financeira do crime, o que conecta as economias locais com redes globais de lavagem de ativos.

"Isso apresenta um desafio urgente para o Estado: fortalecer a persecução patrimonial, a cooperação internacional e, sobretudo, recuperar o controle territorial em áreas rurais e urbanas críticas", afirmou.

Urquizar acrescentou que, em síntese, o documento mostra que a macrorregião sul já não enfrenta apenas a violência e o terrorismo que se conhecia, mas uma reconfiguração criminal complexa, onde os crimes tradicionais coexistem com estruturas criminosas modernas e transnacionais. Nesse contexto, a resposta estatal deve transcender a segurança pública e avançar rumo a uma estratégia integral de segurança, desenvolvimento e presença institucional sustentada.

TRÁFICO DE DROGAS: O EIXO ARTICULADOR

O relatório revela que o tráfico de drogas consolidou-se como a principal ameaça criminal na macrorregião sul. É o eixo que articula outras atividades ilícitas e que gera um aumento nos níveis de violência, homicídios e sequestros.

Nesta macrorregião, o microtráfico diversificou-se para incluir maconha, pasta base, cocaína e, em menor medida, drogas sintéticas como cetamina e metanfetamina.

A esse respeito, o advogado e diretor do Centro de Estudos em Segurança e Crime Organizado (CESCRO) da Universidade San Sebastián, Luis Toledo, considera que o relatório confirma uma transformação profunda no mapa do crime organizado no Chile.

Em sua opinião, na macrorregião sul o tráfico de drogas transformou-se no principal motor da criminalidade, ao articular outras atividades ilícitas como a extorsão, o sequestro, o roubo de madeira e inclusive o de salmões.

Quanto à presença de gangues internacionais como o Tren de Aragua, que opera com estruturas e métodos próprios do crime global, o preocupante para o especialista é que "a violência antes concentrada no norte ou na região Metropolitana, hoje expandiu-se para territórios historicamente mais tranquilos como Los Ríos ou Los Lagos". "Ali, as gangues não apenas traficam drogas, mas começam a controlar economias locais e a lavar ativos em mercados formais, o que coloca em risco o tecido social e econômico dessas regiões", acrescentou.

Para Toledo, o Estado deve agir com uma estratégia coordenada e sustentada no tempo: fortalecer a persecução patrimonial, modernizar a inteligência criminal e proteger os territórios onde a presença institucional é mais fraca. "Com este relatório fica demonstrado que a macrorregião sul já não é uma zona de passagem, mas um novo epicentro do crime organizado de nosso país", concluiu.

Fonte:La Tribuna


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