Antecipam condições meteorológicas que elevam risco de incêndios florestais para o verão
Para os próximos meses, as condições climáticas previstas projetam um ambiente que tende à propagação rápida de incêndios florestais, por isso o Senapred Biobío está trabalhando fortemente na prevenção, educação, organização da comunidade, bem como entidades privadas e públicas para enfrentar o que reconhece como circunstâncias adversas.
Solos secos, com presença de ventos, temperaturas altas, inclusive ondas de calor, são as condições meteorológicas em que se gera um risco de propagação de incêndios. Segundo explicou, o Dr. Martín Jacques, acadêmico do Departamento de Geofísica da Universidade de Concepción e climatologista, em geral, no Centro Sul do Chile tem-se observado uma intensificação dos eventos de ondas de calor e com isso a propagação do fogo.
"A ocorrência do fogo tem a ver com ignição humana, mas em termos meteorológicos, há uma tendência de alta. Temos visto temporadas muito trágicas em 2017 e 2023", descreveu.
Características da Região
Nesse sentido, o cientista detalhou que "sempre as temporadas de verão nesta Região têm que ser de prevenção, porque temos que lidar com o risco de incêndios florestais".
Particularmente, Jacques destacou que "falando do que se aproxima, esperamos condições secas, condições quentes, falamos também de que há situação de intensificação do vento na costa. Todos esses são fatores que favorecem a propagação de incêndios florestais", descreveu o acadêmico.
Considerando a informação fornecida, o climatologista chamou a "redobrar esforços de prevenção e manter-se sempre preparado".
Além disso indicou que se deve levar em conta que existe, o que denominou a meteorologia pontual, que são as condições que podem apresentar-se em um dia e lugar em particular.
Tem havido condições ventosas durante os últimos dias, comentou Martín Jacques, mas pontuou que não se podem atribuir ao presente fenômeno da niña, mas sim comentou que o responsável por isso são os surazos, como são chamados habitualmente. "Sentem-se muito na costa, particularmente nesta Região e podem intensificar-se, justamente", mencionou.
Em outro aspecto, o acadêmico observou que "na medida em que a paisagem não seja resiliente, estamos sempre expostos a um grande risco, e essa é lamentavelmente a situação da nossa Região com grandes extensões de plantação florestal, zonas de encontro entre setores urbanos e setores rurais".
Finalmente, Jacques definiu que "é preciso estar particularmente atentos a fins de janeiro e começos de fevereiro, é a época em que cursamos as temperaturas mais altas do ano, e é onde têm sido registradas também as maiores tragédias associadas a incêndios florestais".
Senapred
Segundo a lei Nº 21.364, que estabelece o Sistema Nacional de Prevenção e Resposta Ante Desastres, Senapred tem como organismo técnico a Direção Meteorológica do Chile para informar-se sobre a matéria. Nesse sentido, Alejandro Sandoval, diretor Regional do Senapred Biobío, concordou que "vamos ter um verão similar ao anterior, bastante seco, com ausência de precipitações, com algumas ondas de calor que representam um alto risco quanto a como influenciam as variáveis incêndios florestais em nossa Região".
Fonte:Diario Concepción
