Governo anuncia queixas por lei antiterrorista após nova onda de atentados em La Araucanía
Uma nova série de atentados incendiários afetou durante o fim de semana diferentes comunas da Região de La Araucanía, causando grandes danos materiais e renovando as críticas pela persistente violência rural na área.
Diante desses fatos, o Governo anunciou a apresentação de queixas invocando a Lei Antiterrorista. Segundo informou o secretário regional ministerial de Segurança Pública, Israel Campusano, "vamos apresentar duas queixas por atentado terrorista, tanto pelo ocorrido em Vilcún como pelo atentado anterior. O mais recente, em Cunco, está atualmente em avaliação".
Os dois primeiros ataques registraram-se na última sexta-feira em Vilcún, onde desconhecidos incendiaram galpões agrícolas e uma casa patronal na fazenda Traipo, no setor de General López. Horas mais tarde, em Carahue — setor Cullinco Baixo — outro grupo atacou maquinário pesado, causando perdas avaliadas em cerca de 80 milhões de pesos.
O atentado mais recente ocorreu no domingo na comuna de Cunco, no interior de uma operação florestal na localidade de Huichahue. Lá, as chamas destruíram completamente cinco escavadeiras e dois skidders florestais, equipamentos fundamentais para a operação do contratante afetado.
Em todos os locais atacados foram encontrados panos assinados pela organização radical Weichan Auka Mapu (WAM), reivindicando a autoria dos fatos e aludindo a reivindicações do povo mapuche.
Após esses quatro atentados ocorridos em menos de 72 horas, foi convocado urgentemente um Comitê Policial Regional. A instância determinou, junto com a Chefia da Defesa Nacional, realizar ajustes nas estratégias de segurança para antecipar futuros ataques.
Finalmente, o Ministério da Segurança Pública confirmou que seu titular, Luis Cordero, viajará para a Região de La Araucanía para avaliar in loco a situação e coordenar novas ações junto às autoridades locais e às forças de ordem e segurança.
