Futuro Madera condena os atentados e urge ao Congresso a legislar: “A violência terrorista continua instalada”.
A Rede Futuro Madera condena da forma mais categórica a nova e grave onda de violência registrada na Região do Biobío e de La Araucanía, que deixou lamentáveis atentados incendiários em menos de 72 horas nas comunas de Contulmo, Vilcún, Carahue e Cunco.
A persistência destes ataques evidencia que a violência terrorista mantém-se firmemente arraigada na macrozona sul. Esta realidade impacta diretamente no bem-estar e na segurança tanto das famílias quanto dos trabalhadores de todos os setores, o que agrava a crise que atravessa o setor florestal.
Impacto econômico e retração do investimento
A persistência desta violência está gerando um dano patrimonial insustentável para o setor. Segundo os registros dos sindicatos que compõem a Rede:
● Perdas históricas: desde 2014 até a data, registraram-se 516 atentados que somam perdas econômicas superiores a $212 mil milhões.
● Perdas 2025: apenas no que vai de 2025, as perdas por ataques a contratantes estimam-se em mais de $8 mil milhões.
Futuro Madera enfatiza que a ameaça à segurança das famílias, a destruição de maquinários e a violação do trabalho inibem o investimento e geram um processo de retração no setor florestal, um setor chave para o desenvolvimento do país e a descarbonização da economia.
Exigência de segurança, legislação e presença efetiva
Desde Futuro Madera, fazemos um chamado urgente ao Governo e ao Congresso para tomar medidas que ponham fim ao clima de insegurança e temor:
1. Presença estatal efetiva e estratégia preventiva: requer-se uma presença do Estado efetiva no território e uma estratégia preventiva, proporcional e sustentada no tempo. Isto cobra especial relevância perante a aproximação da temporada de incêndios, onde a intencionalidade tem sido uma das principais causas dos sinistros.
2. Urgência legislativa: é imperativo que o Congresso avance nos projetos de lei necessários para entregar os instrumentos efetivos às forças de ordem e segurança para controlar os grupos violentos e garantir o Estado de Direito.
3. Medidas preventivas: avaliar a aplicação de toque de recolher em zonas e datas críticas e o estabelecimento de controles aleatórios permanentes em caminhos secundários para evitar o movimento de grupos violentos.
Reiteramos que a contribuição do setor florestal para o desenvolvimento e o emprego do Chile é fundamental, mas esta só pode materializar-se num ambiente de paz, segurança e respeito irrestrito ao Estado de Direito.
Futuro Madera está composta pela Associação Chilena de Biomassa (AchBiom), a Associação de Contratantes Florestais (Acoforag), a Associação Gremial Chilena de Proprietários de Bosque Nativo (Aprobosque), o Colégio de Engenheiros Florestais do Chile (Cifag), a Corporação Chilena da Madeira (Corma) e os Pequenos e Médios Industriais da Madeira (Pymemad).
