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“O ambiente está tenso”: Após ataques, vítimas de violência no sul tomam precauções para ir votar

“O ambiente está tenso”: Após ataques, vítimas de violência no sul tomam precauções para ir votar

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Ir votar em grupos, deslocar-se em horários com luminosidade e maior tráfego nas estradas e pedir aos vizinhos para vigiar suas propriedades e maquinários, no caso de quem vive em áreas rurais, são algumas das medidas preventivas que as vítimas da violência na macrorregião sul adotarão amanhã para se deslocarem aos locais de votação, devido à retomada dos atentados durante a última semana.

Consultados por “El Mercurio”, destacam que, em anos anteriores, os principais problemas têm sido os bloqueios de estradas, que buscam impedir que os vizinhos compareçam para votar.

Diante de possíveis obstáculos no trânsito, como a derrubada de árvores e barricadas incendiárias, exigem que o estado de emergência funcione e que sejam reforçadas as patrulhas e os controles veiculares.

A esse respeito, o secretário regional ministerial de Segurança de La Araucanía, Israel Campusano, assegura que “temos um desdobramento preventivo, em coordenação com o Carabineros, a PDI, as Forças Armadas e também as prefeituras”.

Da mesma forma, Campusano destaca que “temos patrulhas nas estradas, em perímetros estratégicos e em todos os locais de votação, urbanos e rurais, para garantir que o processo eleitoral se desenvolva com normalidade” e chama a população a comparecer “cedo” para exercer o direito cívico.

“Apesar dos riscos, sempre votamos”

“O ambiente está tenso, mas em Ercilla a gente sempre toma precauções, a segurança é uma preocupação de todos os dias”, adverte o agricultor Héctor Urban, cuja família tem sido alvo frequente de ataques armados, embora sua propriedade esteja a metros da Rota 5 Sul. Na hora das eleições, diz que “apesar dos riscos, sempre votamos e por nenhum motivo minha família deixaria de fazê-lo. Acompanhamo-nos mutuamente e cumprimos juntos este dever e depois ficamos atentos e à espera dos resultados”.

Urban comenta que tanto ele como sua família e outros produtores agrícolas também adotam como medida de precaução revezar-se para vigiar suas propriedades e a maquinaria que têm dentro. “Quando temos que sair por um tempo prolongado, sempre pedimos aos vizinhos que deem uma olhadela e, depois, nós fazemos o mesmo, para retribuir a gentileza”, relata Urban.

“Nunca sair sozinhos”

O motorista Alejo Apraiz, que sofreu ataques na estrada e em suas instalações, concorda com a autoproteção que significa sair para votar em grupos. A ele cabe fazê-lo em um local do município de Lautaro.

“O ideal é nunca sair sozinho. De preferência em grupos de duas a três pessoas e em caravana de veículos, de maneira que, em caso de sofrer ataques, alguém possa dar aviso da situação e conseguir auxílio”, sustenta o também presidente da Associação de Vítimas da Violência Rural.

Sobre se notou um aumento da presença militar nas estradas após os últimos ataques incendiários, responde que “embora tenha precisado me deslocar bastante pelas estradas nesta semana, não tenho visto maior proteção nem presença de patrulhas, mas espero que isso seja reforçado neste fim de semana”.

“Nos revezamos para proteger a fazenda”

Desde Pidima, em Ercilla, o advogado Juan de Dios Fuentes Vega afirma que, embora seu pai, o agricultor de mesmo nome, vá votar acompanhado de algum membro da família, “em geral, votamos separadamente e nos revezamos para proteger o campo e não deixá-lo sozinho”.

Afirma que, além dos atos de violência, “não se deve esquecer que na macrorregião sul estamos sob estado de exceção, a cargo dos militares, e o que corresponde é que se reforcem a segurança e as patrulhas nas estradas para que as pessoas se desloquem sem riscos aos pontos de votação”.

“Três dias antes paramos as atividades”

A família Navarrete, dedicada aos trabalhos florestais e vítima frequente de atentados a suas máquinas e instalações, já enfrentou em mais de uma ocasião bloqueios de estrada em dias de eleição. “Uma vez voltei e, em outra ocasião, procurei uma rota alternativa. Mas sempre voto”, diz a contratada florestal Yasna Navarrete.

Com suas atividades concentradas em Collipulli, ao norte de La Araucanía, revela que, como medida de proteção para seus trabalhadores e equipamentos, “três dias antes das eleições paramos as atividades”. E, junto com instruir seus empregados sobre as ações de proteção que podem adotar, “também levamos as máquinas para lugares seguros”.

Fonte:El Mercurio

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