Ativam protocolo para combater e investigar incêndios florestais em Biobío
A poucos dias do início da temporada mais crítica de incêndios florestais na região de Biobío, o Ministério Público convocou a Conaf, Corma, a PDI, Carabineiros e Bombeiros para estabelecer um novo protocolo que reforça a coordenação interinstitucional e otimiza as investigações deste tipo de sinistros.
A iniciativa foi impulsionada pela procuradora regional de Biobío, Marcela Cartagena, e nela também participam a Corporação Nacional Florestal (Conaf), Polícia de Investigações (PDI), Carabineiros e Bombeiros.
A persecutora regional manifestou que foi feito um compêndio das boas práticas e das experiências dos anos anteriores "para concretizar um protocolo que estabelece como vão atuar para investigar incêndios florestais, interagindo com as instituições que foram convocadas", acrescentou.
O documento estabelece coordenadores gerais e operativos; canais de denúncias; proteção do local do ocorrido e primeiras diligências, entre outras atividades.
CORMA
Margarita Celis, gerente geral da Corma Biobío-Ñuble, expressou que "as empresas florestais nos colocamos à disposição deste trabalho porque sabemos da urgência e necessidade de realizar investigações oportunas, tendo maior acesso às provas e informações que nós obtemos, de tal maneira que estejam disponíveis para que essas investigações consigam chegar aos culpados".
CONAF
Da Corporação Nacional Florestal (Conaf), reiteraram sua preocupação frente ao cenário que se aproxima, onde são anunciadas altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes.
Em relação à intencionalidade dos sinistros, o diretor regional da entidade estatal em Biobío, Esteban Krause, recordou que "nesta região mais de 50% dos incêndios florestais são intencionais e, desde essa perspectiva, quanto mais pudermos ter coordenados todos os atores que - de uma ou outra forma - trabalham para determinar responsabilidades, pode ser que tenhamos melhores resultados do que os que obtivemos até agora", manifestou.
PDI
A chefe da Região Policial de Biobío da PDI, prefeita inspetora Claudia Chamorro, disse que "temos um desdobramento nas três províncias da região onde foram capacitadas equipes especializadas na investigação de incêndios".
Acrescentou que, com a entrada em funcionamento da Brigada Investigadora de Crimes Ambientais e Patrimônio Cultural (Bidema), será reforçada a especialização para a investigação de sinistros florestais em Biobío.
FORÇAS ARMADAS E DE ORDEM
O chefe da Defesa Nacional para as províncias de Arauco e Biobío, contra-almirante Arturo Oxley, explicou que "nós privilegiamos aqueles incêndios florestais que tenham afetação em relação à população. Essa é a nossa prioridade. Mas também nós, em uma condição de Estado de Exceção, onde poderia ser gerado, por exemplo, na retaguarda das brigadas florestais, custodiamos os brigadistas quando eles estão atacando o incêndio".
PROTOCOLO
A implementação do protocolo considera também a realização de uma série de capacitações que serão desenvolvidas pelos organismos participantes.
Após ser exposto em uma reunião de trabalho realizada na Procuradoria Regional de Biobío, nos próximos dias começarão a ser realizadas as capacitações que fazem parte do plano de trabalho interagencial.
RESTRIÇÃO DO USO DO FOGO
A Corporação Nacional Florestal (CONAF) informou que, a partir de 13 de novembro e até novo aviso, está restrito o uso do fogo para queimas controladas de resíduos agrícolas e florestais em todas as comunas da Região de Biobío.
Esta medida busca prevenir incêndios florestais em um contexto de alta vulnerabilidade, considerando as condições meteorológicas previstas para a região, onde se projetam velocidades de vento superiores a 20 km/h com rajadas entre 40 e 50 km/h, além de altas temperaturas.
O diretor regional da Conaf Biobío, Esteban Krause, destacou a importância da medida. "Durante esta época do ano, quando o risco de incêndios se incrementa, limitar o uso do fogo para queimas controladas é fundamental para proteger nossas comunidades e preservar nossos recursos naturais. Não podemos nos arriscar: a prevenção continua sendo nossa melhor ferramenta frente a este tipo de emergências que geram danos irreparáveis", indicou.
Por sua vez, a secretária regional ministerial de Agricultura, Pamela Gatti, fez um chamado direto à cidadania. "Instamos a agricultores, trabalhadoras e trabalhadores florestais, e vizinhas e vizinhos a adotar boas práticas no manejo de resíduos. A colaboração de todas e todos é chave para prevenir incidentes que possam pôr em perigo a integridade de nossas comunidades e nossos bosques", acrescentou.
Por sua vez, a secretária regional ministerial de Agricultura, Pamela Gatti, fez um chamado direto à cidadania. "Instamos a agricultores, trabalhadoras e trabalhadores florestais, e vizinhas e vizinhos a adotar boas práticas no manejo de resíduos. A colaboração de todas e todos é chave para prevenir incidentes que possam pôr em perigo a integridade de nossas comunidades e nossos bosques", acrescentou.
Em caso de detectar queimas ilegais, a comunidade pode denunciar através dos seguintes canais: Carabineiros: 133 e CONAF: 130. Quem realizar queimas durante o período de restrição se expõe a sanções severas, incluindo multas e inclusive detenção.
Esta conduta é considerada delito tipificado, com penas que podem incluir prisão menor em seu grau médio (71 dias a 3 anos) e multas entre 11 e 50 Unidades Tributárias Mensais (UTM).
Fonte:La Tribuna
