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Incêndio florestal em Lebu: O negócio do fogo diante do roubo de madeira e venda de lenha

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Em 16 de novembro de 2025, enquanto muitos estavam atentos ao dia eleitoral, em Lebu a preocupação concentrou-se num incêndio florestal registrado numa zona rural do município.

O foco chamou a atenção das autoridades, uma vez que as condições climáticas do dia foram de temperatura próxima a 14° e humidade relativa de 51%. Isto demonstra que não existiam condições para uma rápida propagação das chamas, mas a emergência deu lugar a diversas teorias e especulações entre vizinhos e autoridades.

Com o passar das horas, a hipótese que ganha mais força no município aponta para a venda ilegal de madeira seca durante o inverno, atividade que poderia ser beneficiada após este tipo de incêndios.

A prefeita de Lebu, Marcela Tiznado, manifestou que "ainda não há uma causa totalmente confirmada com responsabilidade judicial clara para o último incêndio florestal, mas a hipótese mais forte é a intencionalidade".

Incêndios florestais para o roubo de madeira

No meio das investigações destes incêndios florestais, surge um fator que desperta suspeitas devido à circulação de camiões com lenha.

Ramón Figueroa, Presidente do Depto. Proteção da Floresta da Corma, detalhou que "temos observado sistematicamente uma série de incêndios ligados ao roubo de madeira para lenha em setores como Hualqui, Penco e Lebu, onde é frequente ver camionetas transitando e comercializando lenha".

Figueroa apontou que "este tipo de atividades irregulares não só afeta empresas e proprietários, como também gera condições de risco que podem derivar em emergências maiores. Estamos enfrentando condições de temperatura e vendo situações muito complexas, e qualquer incêndio pode ficar fora de controlo".

A prefeita de Lebu, Marcela Tiznado, considerou que "na intencionalidade dos incêndios florestais não se pode descartar nenhuma hipótese, nós como município não temos denúncias formais".

A Associação Preventiva de Incêndios Florestais, por sua vez, também manifestou sua preocupação perante este tipo de ações, pois "em vários municípios comenta-se há anos que há pessoas que veem no incêndio uma forma de 'fazer negócio' com a madeira queimada. Como municípios, quando recebemos esses antecedentes, colocamo-los à disposição das instituições competentes", afirmou o presidente da organização, o prefeito de Penco, Rodrigo Vera.

Fonte:Sabes.cl