Registram 13 incêndios em um fim de semana: Conaf aponta para as parcelas
Alguns dias antes de ser prevista a primeira onda de calor de fim de ano em Chillán (entre a última sexta-feira e esta próxima quarta-feira), a Conaf emitiu um comunicado, alertando que a situação merecia um alerta precoce.
Como fundamento, foram apresentadas estatísticas que indicavam que, com os 77 sinistros já combatidos este ano pela Conaf, superava-se em 77% o número de casos que, até esta mesma data, houve em 2024.
No entanto, entre sábado e domingo, os brigadistas tiveram que enfrentar 14 focos dentro da área rural da Região de Ñuble. Em outras palavras, 15,38% do total de sinistros do ano ocorreram em apenas dois dias.
"O calor e a vegetação seca são o aquecedor. Mas os aquecedores não ligam sozinhos, alguém tem que acendê-los e esse é o problema que estamos tendo", observa o diretor regional da Conaf, Juan Salvador Ramírez, que desta forma descarta a ocorrência de incêndios espontâneos devido à onda de calor.
E o dardo é tão certeiro quanto seu exemplo. "O grande problema que estamos tendo em Ñuble é por causa desse aumento de pessoas que saíram da cidade para viver em parcelas, porque não conhecem os cuidados nem as precauções que devem ter ao usar forrageiras, roçadeiras ou tratores. Estão usando da mesma forma, e quando salta uma faísca não sabem como evitar a propagação", acusa.
Embora esses 14 focos ainda estejam sendo investigados quanto à sua origem, Ramírez acusa que "tudo indica que, na maioria, é pela causa que comento".
Sobre outras negligências, como bitucas de cigarro em vegetação seca, garrafas fazendo efeito lupa ou churrascos mal apagados quando se vai a rios ou acampamentos para escapar do calor, acrescenta que "é outra maneira de ser negligente, mas, para ser sincero, acontece pouco na região".
Chuvas e ondas de calor
De acordo com a Meteorologia, durante a transição do mês de novembro para dezembro, haverá dois dias com precipitações. Já para os últimos dias do próximo mês, esperam-se temperaturas médias de 36 graus na região.
"Isso faz com que haja mais vegetação e cada vez mais seca. Por isso é importante que as pessoas limpem seus terrenos. Já desde 20 de agosto há proibição de usar fogo para queima de restolho, lixo ou para limpar terrenos, mas o que pedimos é que as pessoas estejam atentas quando for proibido o uso de maquinário agrícola ou de roçagem e que obedeçam a essas restrições. Em 2024, os piores incêndios foram por essa causa", recordou.
Fonte:La Discusión
