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Aprofundam-se fechamentos de serrarias e suspensões de pessoal na Argentina

Aprofundam-se fechamentos de serrarias e suspensões de pessoal na Argentina

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As províncias "líderes" na indústria florestal da Argentina estão passando por um dos piores momentos para sua atividade no segmento de PMEs. A combinação de tarifas em alta, combustível mais caro, forte queda na demanda interna e margens de exportação cada vez mais apertadas pressiona especialmente as serrarias pequenas e médias, que este ano começaram com redução de turnos, suspensão de pessoal e, em vários casos, fecharam suas portas.

A mesma tendência se repete em Santa Rosa, Corrientes, onde líderes das entidades setoriais vêm alertando sobre uma deterioração acelerada que "não se recupera".

Ramón Sotelo, presidente do Parque Florestal-industrial Santa Rosa e representante da Associação de Madeireiros e Afins de Santa Rosa e da APEFIC, é uma das vozes que sintetiza o clima de preocupação.

Proprietário da Todo Pallets —com plantas em Saladas e Santa Rosa—, reconhece que 2025 foi um ano difícil desde o primeiro trimestre.

"Começamos reduzindo pessoal de 50 operários e cortando turnos. A planta do Parque Florestal-industrial manteve-se ativa graças à exportação de paletes, mas com uma rentabilidade muito baixa. As outras duas fábricas, que dependem do mercado interno, simplesmente não se recuperam. Há muito poucos pedidos e trabalhamos a 60% da capacidade", explicou na entrevista.

Custos em alta e pressão fiscal: "Não temos respostas do Governo Nacional"

Embora a redução de tarifas nos Estados Unidos tenha aberto uma oportunidade e permitido fechar alguns contratos, Sotelo sustenta que as PMEs estão asfixiadas.

"A AFIP continua inspecionando e pressionando por pagamentos quando a atividade está em colapso. Não podemos arcar com créditos, aproxima-se o final do ano com aumentos salariais e décimo terceiro, e as vendas não se movimentam. Precisamos de medidas urgentes e não recebemos nenhuma resposta do governo nacional. Inclusive falei da necessidade de financiamento com a diretora nacional de Desenvolvimento Florestal-industrial, Sabina Vetter, mas ainda não temos respostas", lamentou.

Da AMAYADAP e APICOFOM em Misiones vêm apresentando diagnósticos similares: queda do consumo interno, dívidas crescentes, tarifas impagáveis e risco real para a continuidade de muitas empresas e empregos.

Mercado interno paralisado: "Não conseguimos repassar aos preços nenhum aumento"

Sotelo trabalha com grandes clientes nacionais, como Loma Negra, vinculados à construção. Mas as obras públicas e privadas estão praticamente paralisadas e as ordens de compra suspensas.

"O mercado nacional está totalmente em queda. Não há poder de compra. Mantemos os mesmos preços de 2024 e absorvemos todos os aumentos de logística, salários, serviços e impostos de 2025. É impossível sustentar uma PME assim por muito mais tempo", afirmou.

A situação já deixou consequências visíveis: na localidade de Santa Rosa, cerca de 40 serrarias operam com equipes reduzidas e menos horas. "Seis serrarias do Parque pararam no início do ano e nunca conseguiram voltar a funcionar. O resto trabalha a 60%. Não vemos sinais de que isso mude nos próximos meses", acrescentou.

Paralelamente, o líder expressou sua preocupação com a negociação salarial entre FAIMA e USIMRA neste contexto crítico, que ganhou alta tensão nas últimas semanas diante da dificuldade dos empregadores em aumentar os salários, situação que foi exposta pela AMAYADAP na mídia local.

"Com preços estagnados, sem vendas e sem refinanciamento, não podemos absorver mais aumentos. Não sabemos como vamos pagar o décimo terceiro em dezembro. Os bancos não refinanciam e a AFIP também não oferece alternativas. É uma situação limite", alertou.

Fonte:canal12misiones

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