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Sindicatos da madeira buscam igualar países nórdicos através de plantações no longo prazo

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A indústria madeireira da macrorregião sul, com a região e a província de Biobío como seu epicentro e capital do país, está imersa numa estratégia focada para transformar a construção nacional, impulsionada pelo programa Biobío Madeira.

Víctor Sandoval, presidente da governança do Biobío Madeira e também da representação regional da PymeMad para Biobío e Ñuble, confirmou que este esforço busca consolidar a confiança e o desenvolvimento técnico para que a madeira, hoje utilizada em cerca de 20% das construções, atinja os níveis de uso do hemisfério norte, onde supera 80%.

Sandoval, que encerra seu período de dois anos à frente da governança durante a presente semana, enfatizou que o principal desafio desta meta ambiciosa não é técnico, mas logístico e político: a drástica redução de novas plantações florestais ameaça a capacidade operacional futura das PMEs, já que não se garante o insumo dentro dos próximos 20 anos.

O PROGRAMA BIOBÍO MADEIRA

O desenvolvimento do setor madeireiro articula-se sob o programa Biobío Madeira, que funciona como o "guarda-chuva" que engloba a colaboração entre as PMEs produtoras, empresas construtoras e o setor público. Este programa, ativo há três anos, faz parte do plano estratégico regional e inscreve-se dentro do Programa Transforma da Corfo, os quais destinam recursos para desenvolver focos industriais estratégicos.

A Corfo Biobío identificou especificamente a madeira e o setor florestal como um eixo estratégico regional. A meta é desenvolver a indústria através de métodos modernos de construção. Para isso, o Biobío Madeira trabalha em promover o uso e o "bom uso da madeira em construções", ao fomentar o vínculo público-privado. O programa está desenhado para potencializar as empresas produtoras de madeira PME, localizadas primordialmente na macrorregião sul, especialmente na província e região do Biobío.

A BRECHA DE CONFIANÇA

Víctor Sandoval assumiu a direção da governança há dois anos e está prestes a encerrar seu período de mandato durante a presente semana. Por disposição estatutária, a direção da governança do Biobío Madeira será assumida por outra instituição.

Uma das prioridades do trabalho setorial tem sido modificar a percepção cultural sobre o material e promover suas vantagens técnicas. Atualmente, o uso da madeira na indústria da construção no Chile situa-se em aproximadamente 20%.

O esforço conjunto das PMEs madeireiras, da construção e das grandes empresas concentrou-se em criar o "contexto" e o "ambiente" necessário para que a madeira conserve as propriedades e características requeridas. O objetivo é assegurar "construções de qualidade com bons acabamentos" e evitar problemas de pós-venda. Segundo o presidente da PymeMad, a chave é "transmitir que a madeira bem trabalhada é um material nobre que permite entregar soluções de qualidade para diferentes tipos de uso".

DESAFIO DA MATÉRIA-PRIMA

Apesar de Biobío ser reconhecida como a "capital chilena da Madeira", a disponibilidade de insumos no longo prazo representa o ponto mais vulnerável da estratégia de crescimento. Para abordar esta crise de fornecimento, formou-se a rede "Futuro Madeira", que congrega quase todos os sindicatos-chave da indústria, incluindo a PymeMad, a Corporação Chilena da Madeira, a Associação de Contratistas Florestais (Acoforag), HPOM e o Colégio de Engenheiros Florestais.

O propósito desta colaboração sindical é desenvolver as condições que permitam "garantir as matérias-primas no longo prazo". A preocupação surge após o término do decreto que subsidiava as plantações florestais, o que resultou numa queda de "praticamente 100%" nas novas plantações. Esta situação é considerada "muito ruim para as PMEs madeireiras", já que historicamente dependiam quase totalmente do abastecimento de pinho e eucalipto gerado por pequenos e médios empresários dedicados a essas plantações.

A URGÊNCIA DE UMA DECISÃO NACIONAL

A rede "Futuro Madeira" manteve um diálogo constante com o Governo para buscar mecanismos de apoio, como a promoção de subsídios e fontes de financiamento que permitam reativar o trabalho de novas plantações. Sandoval mencionou que surgiram "boas notícias" nas últimas semanas e destacou um projeto inicial para trabalhar com novas plantações na região do Biobío.

O líder sindical enfatizou a gravidade da janela de tempo necessária para reverter esta situação: "Temos que considerar que as plantações demoram 20 anos para crescer, portanto temos que esperar daqui a 20 anos os resultados".

Se não forem tomadas ações decisivas no presente, concluiu, não haverá "nenhuma garantia de que no futuro nós, as PMEs madeireiras, possamos ter abastecimento para poder continuar operando".

Fonte:La Tribuna

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