Ex-bombeiro fica em prisão preventiva por incêndio em Pocochay
O Tribunal de Garantias de La Calera formalizou nesta quarta-feira F.A.M.H., ex-bombeiro de 33 anos, pelo crime de incêndio no setor de El Naranjal, em Pocochay. Durante a audiência, o Ministério Público apresentou provas contundentes, incluindo vídeos e depoimentos, que apontam para a participação do acusado na origem do fogo, que ele alega ter sido acidental. O magistrado Roberto Lizana ordenou prisão preventiva, considerando a gravidade do crime e a possível intenção por trás do ato.
No último domingo, 7 de dezembro, um incêndio florestal atingiu o setor de El Naranjal, em Pocochay, levando à detenção e formalização de um ex-bombeiro identificado como F.A.M.H. O Ministério Público, após uma investigação exaustiva, apresentou durante a audiência evidências que incluem gravações e declarações que implicam o ex-voluntário no sinistro.
O Corpo de Bombeiros de La Cruz havia afastado o acusado de suas funções após tomar conhecimento de sua suposta implicação no incêndio. A discussão central na audiência girou em torno da intencionalidade do acusado ao provocar o fogo. O Ministério Público apontou um comportamento suspeito, evidenciado pelo rastreamento da trajetória de seu veículo, que transitou repetidamente pelo local do incidente momentos antes do início do fogo.
Por outro lado, a defesa do ex-bombeiro argumentou que o incêndio foi resultado de um acidente, onde uma faísca de seu isqueiro caiu sobre papel higiênico e, ao tentar se desfazer dele, ele o jogou pela janela, provocando o incêndio. Apesar de reconhecer a negligência, o advogado de defesa sustentou que não houve intenção de causar dano.
No entanto, o juiz Lizana decidiu aplicar a medida cautelar de prisão preventiva, dada a periculosidade que o acusado representa para a sociedade e a severidade das penas associadas ao crime de incêndio. Embora a defesa tenha apresentado atenuantes que poderiam reduzir a pena, o magistrado considerou apenas a possibilidade de aplicar o atenuante da conduta anterior irrepreensível do acusado.
O juiz também mencionou que, dada a experiência do acusado como maquinista de bombeiros desde 2014, ele estava ciente das consequências dos incêndios florestais. A possibilidade de um dolo eventual foi contemplada pelo tribunal, já que o acusado assumiu o risco ao lançar o papel aceso sem parar seu veículo.
Os atenuantes de tentar diminuir o dano e colaborar com a investigação foram rejeitados pelo juiz nesta etapa processual, deixando o ex-bombeiro em prisão preventiva à espera de um julgamento.
