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O “presente complexo” e o “futuro promissor” da CMPC que seu presidente, Bernardo Larraín, destaca

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O principal foco de crescimento da Empresas CMPC está no Brasil. Naquele país, no estado do Rio Grande do Sul, a Papelera prevê investir US$ 4,6 bilhões em uma nova fábrica de celulose Natureza.

O aval final dessa iniciativa será definido pelo conselho de administração da companhia —ligada ao grupo Matte— no primeiro semestre de 2026, quando certas licenças já estiverem avançadas.

Para financiar esse investimento no Brasil, a CMPC —ligada ao grupo Matte— planeja vender terrenos, projetos eólicos e “monetizar” suas florestas no Chile ou no exterior. Ou seja, entregar a terceiros, como fundos de investimento, certo estoque de massa florestal por um período, até que as árvores sejam consumidas. Somente neste último item poderia arrecadar de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão.

Bernardo Larraín Matte, presidente da Empresas CMPC, expôs ontem no Investor Day da firma, onde detalhou a situação pela qual passa esta companhia que registrou uma queda de 65,8% em seu lucro acumulado no terceiro trimestre, que totalizou US$ 164,47 milhões.

Afirmou que enfrentam um “presente complexo” nos mercados de celulose —afetado por menores preços— e tissue, mas também destacou que veem um “futuro promissor”.

Complicações

Larraín explicou que o papel da China é relevante, considerando que na última década 70% do aumento da demanda por celulose veio daquele país. “No entanto, o menor crescimento econômico da China gerou uma grande sobrecapacidade na produção de papel naquele país, e como a celulose é o principal insumo na produção de papel, isso tem pressionado os preços da celulose”.

Da mesma forma, indicou que a menor atividade chinesa enfraqueceu os setores imobiliário e da construção civil, principais consumidores de madeira. Esta apresenta uma maior disponibilidade a um custo menor, acrescentou.

Em relação ao mercado de tissue, afirmou que “também está desafiado”. Isto, devido à sobrecapacidade na produção no México e no Brasil, em ambos os casos, de cerca de 400 mil toneladas. No mercado asteca, isso se deve a uma estagnação do consumo, que se relaciona com o “menor crescimento econômico e um consumidor mais empobrecido”, onde afeta a queda das remessas dos mexicanos no exterior.

Ao anterior, acrescentou que o setor de tissue está sendo impactado por importações da China de produtos de cuidado pessoal, como fraldas e toalhas femininas. Da mesma forma, comentou que a situação econômica permitiu o surgimento de “marcas próprias” que são dos supermercados, por exemplo.

Olhar otimista

“Este contexto complexo não nos impede em nada de projetar um futuro muito promissor”, afirmou Larraín. Isto, apoiado por medidas na companhia a nível organizacional e financeiro, mas também analisando as perspectivas do mercado. Nesse sentido, aludiu ao potencial crescimento da demanda por produtos tissue na América Latina, onde o consumo per capita ainda é baixo em relação à Europa e aos Estados Unidos.

Acrescentou que outro fator positivo é a demanda por produtos de embalagem biodegradáveis e por embalagens de papelão para o comércio eletrônico. Também sustentou que “temos visto que a Índia tem um potencial gigantesco como consumidora de celulose”.

Avanços no Brasil

O presidente da CMPC assinalou que as principais empresas florestais “estão ancorando seu crescimento no Brasil”. Nesse sentido, recordou que a Papelera chegou em 2009 àquela nação e já investiu cerca de US$ 5 bilhões na indústria de celulose, onde se destaca a fábrica de Guaíba, no estado do Rio Grande do Sul.

Nessa mesma zona, a companhia espera concretizar sua “segunda fase de crescimento” no Brasil, assegurou Larraín. Isto, com o desenvolvimento da iniciativa Natureza de 2,5 milhões de toneladas. Apesar de faltar o aval final do conselho de administração, o presidente da companhia sustentou que “este projeto já começou”. Indicou que “temos 116 mil hectares, dos quais 85 mil estão plantados, que nos permitem abastecer a Natureza nos primeiros cinco anos de operação”. Acrescentou que nisto já investiram US$ 372 milhões.

Na companhia destacam-se as qualidades produtivas dos terrenos no Rio Grande do Sul, pelo seu clima chuvoso, e a proximidade com a costa e o futuro porto que a firma desenvolve.

O gerente geral da Empresas CMPC, Francisco Ruiz-Tagle, e Sebastián Moraga, vice-presidente de Finanças, Administração e Tecnologia da companhia, conversaram com a imprensa ontem e descartaram a opção de vender também ativos industriais no Chile.

“Temos total compromisso com investimentos no Chile. Investem-se US$ 300 milhões por ano no Chile e esse número não vai mudar significativamente. O desenvolvimento florestal chileno segue adiante e também, eventualmente, modernizações, como as que temos feito na fábrica de celulose de Laja”, destacou Ruiz-Tagle.

Fonte:El Mercurio

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