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Província de Biobío atinge marca de 100 incêndios florestais marcados por negligência e intencionalidade

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A província de Biobío lidera as estatísticas regionais de incêndios florestais e, além disso, agrupa as comunas que historicamente apresentam a maior frequência de sinistros e as maiores superfícies afetadas por este tipo de emergências.

Assim o confirmou o chefe provincial da Corporação Nacional Florestal (Conaf), Juan Carlos Bascur, que entregou um detalhado balanço da temporada passada e do cenário atual, marcado por condições climáticas adversas, alta ruralidade e uma preocupante intencionalidade na origem dos sinistros.

Neste contexto, durante a temporada anterior, a comuna com maior ocorrência é a de Los Ángeles, registrando o maior número de incêndios florestais, com 154 eventos, seguida de Mulchén, com 80, e Yumbel, com 57 incêndios.

Estas comunas coincidem com aquelas que a Conaf definiu como "críticas", junto a Laja e Cabrero, devido à combinação de fatores como ventos intensos, alta população rural e atividades produtivas que elevam o risco.

Em termos de superfície afetada, Los Ángeles alcançou 253 hectares consumidos, enquanto Mulchén viveu um dos episódios mais complexos do ano, com 2.105 hectares afetados, principalmente por um incêndio ocorrido em março, quando se combinaram altas temperaturas, baixa umidade relativa e fortes ventos.

"O vento é como o motor dos incêndios, por assim dizer coloquialmente, porque o vento dá a projeção, a direção do incêndio, para onde vai ir, mas também, o mais complexo, é que dá alta velocidade e isso faz com que -aos nossos equipos de resposta- lhes seja muito complexo, muito difícil. O incêndio se torna muito resistente ao controle com uma alta velocidade do vento", explicou Bascur.

Yumbel, por sua vez, apresentou uma menor afetação, com 71 hectares, embora a autoridade tenha advertido que o mais preocupante continua sendo a ocorrência.

"Um incêndio pequeno pode se transformar rapidamente em um de grande magnitude, sobretudo quando há simultaneidade de eventos, como ocorreu recentemente no setor Santa Fe, em Los Ángeles", disse o Chefe provincial da Corporação Nacional Florestal, Juan Carlos Bascur.

Nesse episódio, o fogo colocou em risco moradias, obrigando a ativar um alerta de evacuação, embora finalmente não tenham sido registradas casas destruídas.

Com respeito aos protocolos de evacuação, o chefe provincial da Conaf assinalou que a solicitação de um alerta SAE se realiza quando existe risco iminente para a vida das pessoas, para moradias ou outra infraestrutura crítica. Estes alertas podem ser solicitados pela Conaf, Carabineros ou os municípios, os quais atualmente estão mandatados por lei para gerir os riscos em seus territórios.

Quanto à temporada em curso, Bascur indicou que Los Ángeles volta a liderar a ocorrência, com 50 incêndios, seguida por Mulchén, com 10, e Yumbel, que se mantém entre as comunas com maior recorrência. Até a data, a província registra 100 incêndios florestais e uma superfície afetada de 349 hectares, incluindo sinistros relevantes como um na zona cordilheira, próximo à fronteira com a Argentina, e o incêndio de Santa Fe.

Um dos aspectos mais preocupantes, segundo a Conaf, é a origem dos incêndios. As estatísticas da temporada passada revelam que apenas 9% dos sinistros tiveram causa indeterminada, enquanto 35,4% foram provocados por negligência, o que teria permitido evitar cerca de 180 incêndios se tivessem sido tomadas as medidas de salvaguarda adequadas. A isso se soma uma alta intencionalidade, considerada o principal desafio para a prevenção.

O chefe provincial destacou o desdobramento de recursos com que conta a Conaf na província de Biobío, incluindo 14 brigadas diurnas, uma brigada noturna, brigadas mecanizadas, brigadas cisterna e recursos aéreos, como aviões bombardeiros, helicópteros e o Hércules C-130. Não obstante, enfatizou que o foco principal continua sendo a prevenção: "Se conseguirmos baixar a ocorrência, também evitaremos grandes afetações. A prevenção é chave para proteger vidas, moradias e o entorno".

TRABALHO EM MATÉRIA DE PREVENÇÃO

Outra linha de trabalho, além do combate aos incêndios florestais, é a que a Conaf realiza em matéria de prevenção.

"Estamos trabalhando com a eliminação de combustíveis, realizando corta-fogos em diferentes vilas, ajudando às comunidades e localidades do setor rural onde não têm a capacidade de realizar seus corta-fogos para proteger suas moradias, estamos apoiando-os nós como Corporação Nacional Florestal", afirmou Bascur.

Da mesma forma, detalhou que têm mantido muitas reuniões de coordenação e se encontram realizando as descidas aos diferentes territórios, porque "é aí onde está nosso foco, trabalhar nas diferentes localidades do setor rural porque é aí onde se produzem os incêndios florestais. Quando falha a prevenção ocorrem os incêndios".

Nesta última linha, detalhou Bascur, estão trabalhando com patrulhamentos, além de capacitações e divulgando as diferentes formas a respeito de como proteger as moradias, principalmente.

Fonte:La Tribuna

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