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Contratantes florestais criticam o Governo por abandono do setor

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A Associação de Contratantes Florestais (Acoforag) qualificou como pobre a administração do presidente Gabriel Boric no que diz respeito à atenção às demandas do setor. Um dos temas que continua gerando maior inquietação é a segurança, área na qual ainda se aguardam medidas concretas para enfrentar os atos de violência registrados no centro-sul do país.

"Apesar dos números lisonjeiros do governo, nós mantemos a mesma quantidade de atentados que no ano passado: tivemos 26 e hoje, até a data, levamos a mesma quantidade. Ou seja, para o nosso caso, não avançou nada. E o que isso implica? Que é difícil trabalhar na floresta e complicado desenvolver o setor florestal, porque sem segurança não há investimento. Isso se reflete no fato de que grandes empresas transnacionais como Arauco e CMPC saíram do país", afirmou René Muñoz, gerente da Acoforag, à VerticeTV.

No Congresso, a lei de fomento florestal — de suma importância para recuperar terrenos desflorestados — continua sem avanços. Do sindicato, apontam que é necessária vontade política e um esforço conjunto para desbloquear esta iniciativa.

"O último número do INFOR fala entre um milhão e 1.400.000 hectares que hoje estão desflorestados e que poderiam ser a base de um futuro patrimônio florestal. Estes podem ser plantados com espécies exóticas, sem dúvida, porque existe uma capacidade industrial instalada para processá-las, mas também com espécies nativas. Apoiemo-nos entre todos para que o Estado, que tem a iniciativa legal, impulsione um projeto de lei que sirva ao país. Hoje esse projeto dorme no Congresso", sustentou.

Outro dos projetos estagnados no Parlamento é o relacionado aos incêndios florestais, sobre o qual se requer avançar com urgência. "Recentemente foi detida uma pessoa em Melipilla por causar um incêndio, e hoje está em liberdade. Foram queimados milhares de hectares e essa pessoa está livre. São pessoas alienadas que queimam por gosto, e isso tem que ter uma sanção", ressaltou Muñoz.

Acrescentou que no Chile apenas entre 3% e 5% das pessoas julgadas por crimes de incêndio recebem penas de prisão, enquanto na Europa o número alcança 30%. "Algo está sendo feito mal no Chile. Tão mal, que temos uma lei de incêndios que finalmente culpa o pequeno proprietário. Ainda que tenha seu terreno em regra, com corta-fogos e medidas de mitigação exigidas pela CONAF, se o fogo se origina em outro lugar e passa por seu terreno, as multas chegam igual a ele", explicou.

Muñoz detalhou que inicialmente o projeto de lei contemplava multas de até 10 mil UTM — equivalentes a uns 600 milhões de pesos —, número que depois foi reduzido a 3 mil ou inclusive a mil UTM. "Mas ainda mil UTM são 60 milhões de pesos, uma soma que um pequeno proprietário não tem. Então, o que tem que pagar? No fundo, culpa-se a terceiros e o Estado não assume a responsabilidade que hoje lhe corresponde no controle e manejo dos incêndios", enfatizou.

Finalmente, assinalou que numa futura mesa de trabalho com representantes do próximo governo espera-se apresentar as necessidades do setor, assim como as ações que devem ser implementadas para resguardar a segurança e saúde dos trabalhadores florestais.

A nota no canal do Youtube da VerticeTV:

https://www.youtube.com/watch?v=BQnZoud-_ak


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