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Óleos essenciais da floresta valdiviana podem contribuir para o manejo da mastite bovina

Óleos essenciais da floresta valdiviana podem contribuir para o manejo da mastite bovina

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A mastite bovina, uma doença prevalente e custosa na pecuária leiteira, pode ser manejada de forma mais sustentável e eficaz graças aos óleos essenciais de plantas nativas da floresta valdiviana. O projeto liderado pela Dra. Javiera Bahamonde, do Instituto de Farmacologia e Morfofisiologia da Universidade Austral do Chile (UACh), tem apresentado resultados promissores no combate a patógenos associados a esta doença, incluindo cepas resistentes a tratamentos convencionais.

O estudo, financiado pelo Projeto InES "Conhecimento + Gênero UACh", focou na avaliação das propriedades antimicrobianas dos óleos essenciais extraídos de espécies como Tepa (Laureliopsis philippiana) e Canela (Drimys winteri), conhecidas por seu uso na medicina tradicional e sua resistência a condições ambientais adversas. Esses óleos não foram apenas testados em cepas de laboratório, mas também em patógenos reais isolados de casos de mastite bovina, incluindo as bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus uberis, e a levedura Pichia kudriavzevii (ex Candida krusei), um patógeno emergente na região.

Os resultados indicaram uma atividade antimicrobiana moderada contra as bactérias e uma alta sensibilidade da levedura ao óleo essencial de Canela, o que representa um avanço significativo no tratamento da mastite fúngica. Além disso, foram realizados testes de citotoxicidade em culturas de células mamárias bovinas para avançar em direção a formulações seguras para aplicações intramamárias.

O impacto dessas descobertas pode ser considerável para a indústria leiteira do sul do Chile, uma vez que a mastite bovina não apenas gera perdas econômicas e afeta o bem-estar animal, mas também impulsiona o uso intensivo de antibióticos, contribuindo para a resistência antimicrobiana. Os óleos essenciais da flora nativa oferecem uma alternativa com benefícios como a baixa probabilidade de resíduos no leite, sua origem natural, a sustentabilidade ecológica e a pertinência territorial.

O projeto também fomentou a criação de um sistema de cultivo e clonagem de plantas nativas para garantir uma fonte sustentável de matéria-prima e o desenvolvimento de modelos 3D que simulam o tecido da glândula mamária. Além disso, está sendo explorado o potencial anti-inflamatório e regenerativo desses óleos, com possíveis aplicações em sanitização industrial e dermatologia veterinária.

A pesquisa gerou novas redes de colaboração e consolidou um ecossistema científico que projeta o estudo para fundos de maior alcance. A Dra. Bahamonde destaca o impulso do Projeto InES "Conhecimento + Gênero UACh" como um fator-chave para o sucesso da equipe, sublinhando a importância do financiamento e do apoio à pesquisa liderada por mulheres em um campo altamente competitivo.

Os primeiros resultados desta pesquisa não apenas demonstram o potencial terapêutico da flora nativa da Região de Los Ríos, mas também posicionam a UACh em uma linha emergente onde convergem a saúde animal, a botânica nativa e a inovação sustentável, oferecendo soluções locais com identidade territorial para o setor produtivo leiteiro.

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