Resistência Mapuche Lafkenche reivindica ataque em Cañete
Na escuridão da madrugada deste domingo, um setor rural da comuna de Cañete, na Região de Biobío, foi cenário de um ataque incendiário que deixou uma moradia em ruínas.
O fato, que não registrou vítimas por se tratar de uma casa aparentemente abandonada, foi rapidamente reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML), que deixou uma mensagem política exigindo a liberdade dos presos políticos mapuche e a libertação do Wallmapu.
O ataque ocorre em um contexto de alta tensão política, a apenas oito dias do segundo turno e horas depois que o candidato da oposição José Antonio Kast encerrou sua campanha em Concepción. A província de Arauco, onde fica Cañete, está sob estado de exceção, uma medida que, segundo estudos, reduziu a violência rural em 37%.
O setor Mirador de Peleco, a cerca de 7 quilômetros ao sul de Cañete, foi o local onde o ataque foi perpetrado. Um grupo de indivíduos ingressou na propriedade para incendiar a estrutura, que felizmente estava desabitada. No local, foi encontrado um pano que atribuía a ação à RML, vinculando-a à luta pela causa mapuche.
Após o alerta, Carabineiros e Bombeiros chegaram ao local para controlar as chamas e evitar que se estendessem a outras construções próximas. A Polícia de Investigações (PDI) assumiu as investigações, com o subprefeito Carlos Henríquez, chefe da Bipe Cañete, confirmando o deslocamento de pessoal especializado para os primeiros procedimentos.
O Ministério Público solicitou as investigações pertinentes para esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades neste novo ataque na província de Arauco, que evidencia a complexidade do conflito territorial e das demandas do povo mapuche.
