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Especialistas analisam fatores climáticos e sua influência na redução de incêndios florestais

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A climatologia desempenha um papel essencial no controle dos incêndios florestais. Umidade do ar e velocidade do vento são apenas alguns dos fatores que determinam tanto a propagação quanto a dificuldade na extinção de um fogo, conforme explicado pela Corporação Nacional Florestal (Conaf).

Nesse contexto, embora a temporada de 2025 tenha registrado uma diminuição nos incêndios florestais, a situação não ficou isenta de desafios. O maior problema continua sendo a dificuldade de controlar os incêndios em suas primeiras etapas. Isso ocorre porque as condições climáticas atuais geram cenários mais complexos e perigosos, nos quais o controle inicial do fogo se torna uma tarefa cada vez mais complicada.

Esteban Krause, diretor regional da Conaf, explicou que “devido às condições climáticas, o combustível, como árvores e vegetação, está muito mais seco, o que o torna mais suscetível a pegar fogo. Além disso, as altas temperaturas e a presença de vento aumentam a velocidade de propagação das chamas, tornando ainda mais difícil o controle inicial dos incêndios. Por isso, é crucial que, ao detectar um incêndio, nossas brigadas e equipes cheguem o mais rápido possível e trabalhem de forma coordenada com empresas e outras instituições para agir desde o primeiro momento”.

Por outro lado, o chefe do Centro Meteorológico Marítimo de Talcahuano, Gonzalo Bertolotto, explicou que, em comparação com os anos de 2024 e 2023, a intensidade do vento em 2025 diminuiu significativamente. No entanto, ele ressaltou que esses níveis de vento estão dentro dos parâmetros normais para a época do ano, portanto, não se trata de uma anomalia climática, mas sim de uma flutuação dentro dos padrões sazonais esperados.

Variabilidade climática e seu impacto nos incêndios florestais

Um papel determinante é o que o clima desempenha em relação à direção e velocidade com que um incêndio florestal se propaga. Em termos simples, se as condições estiverem muito secas e quentes, o combustível (como a vegetação) se torna mais inflamável, o que aumenta as chances de um incêndio começar ou se espalhar rapidamente. Além disso, se o vento soprar com mais força, as chamas se dispersam muito mais rapidamente, tornando mais difícil contê-las.

Nessa linha, Krause também explicou como a variabilidade climática afeta a propagação dos incêndios: “Por exemplo, se há uma máquina trabalhando e libera faíscas, a possibilidade de isso pegar fogo é maior quando há menos umidade relativa e mais calor. E, uma vez que o fogo começa, a possibilidade ou a velocidade de propagação é muito maior quando há altas velocidades de vento. Portanto, as condições climáticas para o controle dos incêndios, para que eles ocorram, colaboram, ajudam ou impedem que isso aconteça com mais ou menos facilidade”.

Este ano, diferentemente de 2023 e 2024, registrou-se uma diminuição notável nas temperaturas máximas durante os meses de janeiro e fevereiro. Segundo dados do Centro Meteorológico Marítimo, em janeiro de 2025, a temperatura máxima atingiu 25,9°C, enquanto em fevereiro foi de 29,2°C.

Comparando os dados anteriores, em 2023 as temperaturas atingiram 26,5°C em janeiro e 34°C em fevereiro, o que indica que as temperaturas da temporada atual foram consideravelmente mais baixas. Essa redução nas temperaturas pode estar contribuindo para a menor frequência de incêndios florestais, já que condições menos extremas dificultam a propagação rápida dos sinistros.

Reação rápida

Apesar dos desafios que os incêndios florestais ainda apresentam, outro fator determinante na redução de sua magnitude tem sido a resposta imediata e a coordenação entre as diferentes instituições e comunidades.

Desde o município de Florida, que está entre as zonas mais vulneráveis a incêndios florestais, destacou-se que “a redução de incêndios se deve a um trabalho coordenado entre as autoridades locais, Bombeiros, Carabineiros e a própria comunidade”. A resposta imediata às emergências tem sido fundamental para evitar que os incêndios se espalhem. Além disso, em comparação com anos anteriores, não foram registrados incêndios de grande magnitude no município, o que permitiu uma gestão mais eficiente e um melhor acesso a recursos e equipamentos.

“O trabalho preventivo realizado pelas redes comunitárias tem sido essencial na redução de incêndios. Essas redes, que organizam reuniões informativas, limpezas e trabalhos de corta-fogo, têm um impacto direto na prevenção. É um trabalho conjunto entre a prefeitura e a comunidade que se mostrou um fator-chave para reduzir os incêndios”, afirmaram representantes do município de Florida.

Um fenômeno semelhante ocorreu no município de Arauco, onde também se observou uma diminuição na magnitude dos incêndios florestais. Segundo Miguel Albistur, responsável pelo meio ambiente da prefeitura de Arauco, “a magnitude dos incêndios diminuiu, embora ainda existam. No entanto, conseguimos atendê-los rapidamente, e isso foi possível graças a uma maior conscientização e divulgação da prevenção”.

Finalmente, em relação aos incêndios em si, Arauco, até o momento, registrou 15 incêndios combatidos; no ano passado, foram 30 (hoje deveriam estar em 17). Enquanto isso, a Conaf informou ter combatido 17 incêndios, em comparação com os 50 do ano passado, segundo dados fornecidos pela prefeitura de Florida.

Fonte:Diario Concepción

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