Pedem investigar como homicídio frustrado tiroteio a helicóptero
No sábado, quando se soube que um helicóptero que combatia um incêndio florestal em Lebu, na província de Arauco, Região de Biobío, foi atacado a tiros, o presidente da Corporação Chilena da Madeira (Corma), Rodrigo O'Ryan, alertou que o fato "colocou em risco a vida dos tripulantes".
O ataque está sendo investigado pelo Ministério Público de Biobío, que encarregou a PDI das diligências para esclarecer o ocorrido. Segundo antecedentes preliminares, os impactos foram detectados na estrutura da aeronave, pertencente à empresa Arauco, no momento em que os pilotos carregavam água.
"Aqui não podemos falar de um quase-delito de homicídio, porque a intenção de quem dispara contra uma aeronave em movimento é derrubá-la", explica o advogado Rodrigo Ruiz, que assessorou queixas por ataques incendiários contra operações florestais, sobre quais crimes devem ser perseguidos.
Ele acrescenta que "é preciso investigar um homicídio frustrado e uma possível associação ilícita, em que os autores deste violento ataque também estão vinculados à intencionalidade dos incêndios, à usurpação de terrenos e ao roubo de madeira".
Da Associação de Contratistas Florestais, seu gerente, René Muñoz, comenta que existem crimes "concatenados que devem ter um tratamento integral, porque há uma relação estreita entre a intencionalidade dos incêndios, as ações para impedir que possam ser controlados e o roubo de madeira".
Além disso, ele ressalta que "este tipo de crime é muito grave, porque um incêndio intencional não só destrói a floresta e prejudica as empresas, como causa enormes danos e até a morte de vizinhos. Portanto, impedir seu combate deve ser considerado um agravante".
Enquanto isso, o delegado regional de Biobío, Eduardo Pacheco, anunciou que o Ministério do Interior participará da investigação e que apresentará uma queixa contra os responsáveis.
Fonte:El Mercurio