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Trabalhadores da Conaf Biobío advertem greve indefinida se demandas não forem atendidas

Trabalhadores da Conaf Biobío advertem greve indefinida se demandas não forem atendidas

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Nesta segunda-feira passada, começou a paralisação de atividades convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Corporação Nacional Florestal (Conaf) nas regiões de Biobío e Ñuble, em protesto pela rejeição na Câmara dos Deputados de diversas disposições do projeto de lei que cria o Serviço Nacional Florestal (Sernafor).

A primeira demanda é que seja restabelecida a capacidade do novo serviço de emitir relatórios técnicos vinculantes na declaração de áreas degradadas e planos de manejo ecológico, o que garantirá decisões baseadas em critérios técnicos e científicos. Além disso, pedem que seja devolvida a faculdade aos funcionários da Conaf de atuar como ministros de fé na detecção de infrações florestais, como o desmatamento ilegal e o roubo de madeira, ferramentas consideradas essenciais para combater esses ilícitos de forma eficaz.

A paralisação, que inicialmente se estenderá por dois dias (segunda-feira, 17, e terça-feira, 18 de março), afeta principalmente as atividades administrativas da entidade, embora os trabalhadores tenham garantido que o atendimento a emergências relacionadas ao combate a incêndios florestais será mantido.

Juan Carlos Bascur Quiroz, chefe provincial da Conaf na província de Biobío, confirmou a adesão parcial à greve pelos trabalhadores sindicalizados. “Na província de Biobío, efetivamente, as pessoas sindicalizadas aderiram a este chamado. Temos um total de 22 pessoas sindicalizadas, das quais 13 estão participando da mobilização. Cinco pessoas não estão mobilizadas, um colega está em dia de folga, e três estão em teletrabalho”, detalhou.

MOTIVOS DA GREVE

Ana Méndez, advogada regional da Conaf e presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Região de Biobío, Ñuble e Centro de Sementes, explicou que o principal motivo desta mobilização é a preocupação com o enfraquecimento das funções da instituição sob o novo serviço público.

“O projeto Sernafor, que transforma a Conaf, enfraquece funções que historicamente tivemos, como a faculdade de determinar zonas degradadas e elaborar planos de manejo vinculantes”, afirmou.

Ela acrescentou que essa mudança representa um problema não apenas para os trabalhadores, mas para o país. “A perda constante de funções não resgata a experiência técnica que acumulamos ao longo de 60 anos. Esse enfraquecimento pode levar à demissão de trabalhadores e afetará a proteção da floresta nativa, o que terá consequências econômicas e sociais que os legisladores não estão enxergando”, enfatizou Méndez.

Além disso, a líder sindical destacou o trabalho histórico da Conaf na proteção ambiental, mencionando seu papel em projetos como HidroAysén e Dominga, onde a instituição sempre priorizou a preservação do meio ambiente. “Não se pode dizer que a Conaf é contra o meio ambiente. Pelo contrário, sempre fomos protetores. É inexplicável que não se reconheça e respeite o que fizemos como instituição”, declarou.

IMPACTO NOS SERVIÇOS E CONTINUIDADE DAS EMERGÊNCIAS

Embora a greve afete principalmente as atividades administrativas, como o atendimento ao público em processos de avisos de queima e sanções, o chefe provincial da Conaf, Juan Carlos Bascur, garantiu que as emergências florestais não serão comprometidas. “Somos um órgão de resposta no combate a incêndios florestais, e os colegas que trabalham nessa área continuarão realizando suas funções. A população pode ficar tranquila nesse aspecto”, esclareceu.

Por sua vez, a presidente do sindicato também ressaltou que esta greve é uma mobilização nacional, convocada por dois dias, mas que pode se estender indefinidamente, dependendo do resultado da votação na comissão mista do Congresso, marcada para terça-feira à tarde. “É nossa última oportunidade. Se não conseguirmos o restabelecimento das faculdades que foram rejeitadas, a paralisação pode continuar indefinidamente”, alertou.

Quanto aos parques nacionais, Bascur informou que, até o momento, seus trabalhadores não aderiram à greve, embora a decisão esteja sujeita a avaliação. “Eles têm um sindicato separado e, por enquanto, estão atendendo o público normalmente”, acrescentou.

A greve se estenderá inicialmente até esta terça-feira, 18 de março, aguardando a resolução da situação na Comissão Mista do Congresso, onde o artigo questionado pelos trabalhadores será votado novamente.

Enquanto isso, Bascur reiterou que qualquer mudança na situação será comunicada à população pelos canais oficiais da Conaf.

Fonte:La Tribuna

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