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Esteban Krause valoriza diminuição de incêndios no Biobío, mas "ocorrência ainda é alta"

Esteban Krause valoriza diminuição de incêndios no Biobío, mas "ocorrência ainda é alta"

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Os incêndios florestais mostraram uma diminuição significativa na região do Biobío durante esta temporada em comparação com o ano anterior. Assim informou o diretor regional da Conaf, Esteban Krause, em entrevista ao Diário La Tribuna e à Rádio San Cristóbal, onde abordou o balanço dos sinistros, as estratégias aplicadas e o desafio da prevenção.

No período atual, a região registra 1.054 incêndios florestais, o que representa uma redução de 20% em comparação com a temporada anterior. Da mesma forma, a área afetada diminuiu 23%, o que, segundo Krause, se deve à implementação de uma estratégia de resposta rápida e colaborativa entre a Conaf, empresas florestais, municípios e corpos de emergência.

No entanto, o diretor regional alertou que a quantidade de incêndios ainda é alta e enfatizou que a maioria tem origem humana, seja por negligência ou intencionalidade.

Entre as principais causas identificadas estão trabalhos com ferramentas que geram faíscas, queima de resíduos em condições climáticas adversas e a falta de medidas preventivas em zonas de risco.

Diante desse cenário, Krause destacou a necessidade de fortalecer a conscientização da população e melhorar o planejamento dos assentamentos em áreas rurais, considerando fatores de segurança como a distância entre residências e áreas florestais. Além disso, ressaltou o trabalho conjunto com as forças de segurança para investigar e punir incêndios provocados intencionalmente.

A seguir, a entrevista completa com Esteban Krause, diretor regional da Conaf:

-Qual é o balanço dos incêndios florestais na região do Biobío durante esta temporada?

-Em termos gerais, tivemos uma diminuição na quantidade de incêndios e na área afetada. Comparado com a temporada anterior, temos 1.054 incêndios florestais, 20% a menos; e 4.025 hectares consumidos, o que representa uma redução de 23% em relação ao período 2023-2024, quando houve 5.196 hectares. São números positivos para a província, mas a ocorrência ainda é alta.

-A que você atribui essa redução nos incêndios?

-Deve-se a várias estratégias. Uma delas é a ação coordenada que chamamos de "golpe único", onde a Conaf trabalha em conjunto com empresas florestais, municípios, bombeiros, carabineiros e a Polícia de Investigações para evitar a ocorrência de incêndios e responder rapidamente quando surgem. Nesse sentido, nossa preocupação hoje é chegar rápido aos incêndios, porque as condições climáticas, as mudanças climáticas, a baixa umidade relativa, os ventos fortes que temos tido e as altas temperaturas fazem com que qualquer incêndio se propague rapidamente. Portanto, esse esforço, que é o "golpe único", consiste em chegar com todos os recursos ao primeiro foco que pudermos detectar imediatamente.

-Quais são as principais causas dos incêndios registrados?

-Na maioria dos casos, os incêndios são causados pelo homem, seja por descuido ou intencionalidade. Por exemplo, temos visto situações em que pessoas usam ferramentas como discos de corte ou realizam soldas em condições de alta temperatura e vento, gerando faíscas que iniciam incêndios. Também há quem queime folhas secas sem tomar precauções. A falta de conscientização sobre o risco continua sendo um problema.

-Quais medidas você considera fundamentais para prevenir futuros incêndios?

-É fundamental educar a população, especialmente quem vive em áreas rurais ou visita essas zonas. Muitos desconhecem o perigo de estar perto de uma floresta sem medidas de prevenção. Por exemplo, as casas deveriam ter corta-fogos adequados e não estar coladas a áreas florestais. Além disso, continuamos trabalhando com as autoridades para investigar incêndios intencionais e punir os responsáveis.

-Qual é o apelo da Conaf à comunidade?

-Pedimos responsabilidade e conscientização. É importante que as pessoas entendam que qualquer ação imprudente pode gerar um incêndio com consequências graves. Nossa ideia é que muitas vezes as pessoas não têm clareza sobre o risco. Aquela pessoa que estava trabalhando com um disco de corte provavelmente o fez de boa fé, nunca pensou, não creio que tenha havido má intenção. Mas não tem clareza. Nós dizemos a ela: limpe o solo e deixe-o sem galhos.

Fonte:La Tribuna

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