Acoforag: "O ocorrido no fundo Pidenco é a mostra mais clara de que não há um Estado de Direito"
Araucanía: entidades produtivas criticam o Estado por falha na exumação dos restos de Pablo Marchant
As entidades produtivas de La Araucanía manifestaram seu descontentamento devido ao ocorrido em Lumaco com o megaoperativo realizado por uma comitiva de 240 efetivos, integrada por Carabineiros, a PDI e o Exército, que foram repelidos a tiros do fundo Pidenco por um grupo armado, frustrando pela segunda vez a tentativa de exumar os restos de Pablo Marchant.
René Muñoz, gerente da Associação de Contratistas Florestais (Acoforag), disse que o ocorrido no fundo Pidenco é a prova mais clara de que não há um Estado de Direito, acrescentando que o setor é uma nova Temucuicui.
“É uma mostra da incapacidade do Estado para fazer valer o Estado de Direito, onde as instituições funcionam e é o Estado que tem o poder da força. Além disso, é ele que faz valer o poder da força. Hoje, esse setor está capturado por grupos terroristas nos quais o Estado não pode entrar. É outra Temocuicui”, afirmou.
Enquanto isso, Patricio Santibáñez, presidente da Multigremial Araucanía, que reúne diversas entidades produtivas, disse que o ocorrido em Lumaco demonstra a incapacidade do Estado de exercer controle territorial em alguns setores da região.
Além disso, o dirigente afirmou que também fica demonstrado que não faz sentido algum falar em suspender o Estado de Exceção que opera na zona para evitar atos de violência, porque o ocorrido mostra que os grupos radicais armados estão atuando.
Enquanto isso, o advogado José Luis Correa disse que insistirão na exumação dos restos do integrante da CAM morto em um confronto com Carabineiros em julho de 2021 em Carahue, para que sejam submetidos a novos exames tanatológicos no Serviço Médico Legal.
Fonte: BiobíoChile