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Encontrada população de rãzinhas-de-Darwin no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales: Nunca haviam sido detectadas ali

Encontrada população de rãzinhas-de-Darwin no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales: Nunca haviam sido detectadas ali

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Em uma descoberta que traz esperança para a comunidade científica, um grupo de guarda-parques chilenos e argentinos encontrou uma nova população da rãzinha-de-Darwin, uma espécie atualmente classificada como em perigo de extinção pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

O importante achado ocorreu no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, na região de Ensenada, na Região de Los Lagos, a poucos metros do Lago Llanquihue. Esta área protegida foi fundada em 1926 e representa o parque nacional mais antigo do país.

Em fevereiro passado, guarda-parques chilenos e outros do Parque Nacional Nahuel Huapi, na Argentina, chegaram ao local para participar de uma capacitação liderada por pesquisadores da ONG Ranita de Darwin.

Como relataram os especialistas, "68 rãzinhas-de-Darwin foram avistadas inesperadamente, o que representaria não apenas uma nova população para a espécie, mas também uma das mais numerosas conhecidas atualmente". Nesse sentido, a Corporação Nacional Florestal (CONAF) destacou em uma publicação que essa descoberta é "importante", pois em "99 anos de existência do parque, esse pequeno anfíbio nunca havia sido detectado", medindo cerca de três centímetros. Vale mencionar que a rãzinha-de-Darwin é uma espécie de anfíbio da família Rhinodermatidae, descoberta em 1834 pelo naturalista inglês Charles Darwin durante sua passagem pelo Chile. É "endêmica das florestas temperadas do Chile e da Argentina" e mundialmente conhecida por ser a única espécie de anfíbio em que o macho cria os girinos dentro de seu saco vocal, até que estes passam pela metamorfose e o pai libera no solo da floresta rãzinhas que medem meio centímetro.

A coloração da rã varia do verde intenso ao marrom escuro, enquanto sua forma lembra uma folha: isso permite que ela se camufle perfeitamente nos ambientes que habita. A espécie está em perigo de extinção devido à diminuição da floresta nativa e a uma pandemia de anfíbios conhecida como quitridiomicose.

Nesse sentido, um dos aspectos mais destacados por Miguel Leiva Faúndez, diretor regional da CONAF Los Lagos, é que se trata de "uma descoberta extremamente relevante, pois a presença da rãzinha-de-Darwin nesta área protegida representa um novo objeto de conservação".

Por sua vez, o idealizador da iniciativa, Alexis Gajardo Rivas, guarda-parque e responsável pelo Programa de Conservação do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, afirmou que "esta descoberta surpreendeu significativamente a equipe de guarda-parques do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales e abre uma oportunidade inestimável para fortalecer a gestão de nossos objetos de conservação biológica".

"Nesse contexto, nosso compromisso como guarda-parques é concentrar todos os nossos esforços em realizar um monitoramento de longo prazo das populações de rãzinha-de-Darwin identificadas dentro da área protegida, desenvolvendo estratégias eficazes para sua conservação e a mitigação de suas ameaças", acrescentou.

O parque Nahuel Huapi informou que as capacitações em campo que levaram à descoberta foram possíveis graças à Estratégia Binacional (Chile-Argentina) de Conservação das Rãzinhas-de-Darwin, iniciativa que, desde 2018, busca fortalecer a colaboração entre diferentes setores da sociedade, incluindo os setores público e privado, para a proteção desses anfíbios.

A curto prazo, a ideia é que guarda-parques de ambos os países iniciem um monitoramento binacional das populações de rãzinha-de-Darwin nas duas áreas protegidas.

"Através dessa colaboração e da descoberta dessa nova população, não estamos apenas protegendo a rãzinha-de-Darwin, mas também contribuindo para a conservação do ecossistema como um todo. Estamos alcançando nosso objetivo de usar a rãzinha-de-Darwin como um símbolo na luta pela proteção da floresta nativa e das comunidades que dependem desse importante ecossistema", explicou Andrés Valenzuela, presidente da ONG Ranita de Darwin e pesquisador da Sociedade Zoológica de Londres.

Fonte:Emol



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