Exportações florestais diminuem 33,8% em fevereiro em Los Ríos
As exportações da Região de Los Ríos atingiram US$ 46,4 milhões durante fevereiro de 2025, o que representa uma queda de 33,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Isso foi revelado pelo último boletim do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que evidenciou um retrocesso sustentado nos principais setores produtivos da região.
O relatório detalha que o setor industrial —historicamente o motor das exportações regionais— foi o mais afetado, com uma diminuição anual de 45,4%. Essa queda se explica em grande parte pela redução nos envios de produtos florestais e derivados da fabricação de celulose, papel e papelão, setor emblemático na economia de Los Ríos.
A queda desse setor não só afeta a balança comercial, mas também acende alertas em relação ao emprego e à sustentabilidade do modelo produtivo regional, altamente dependente de matérias-primas florestais. Vozes do setor advertem que a diminuição na demanda internacional, somada a fatores logísticos e ambientais, está gerando um cenário complexo para as empresas do ramo.
O setor silvoagropecuário também sofreu um retrocesso, embora mais moderado, com uma queda de 10,4% em relação a fevereiro de 2024. Dentro dessa área, a fruticultura se manteve como a atividade com maior incidência, apesar das dificuldades logísticas e climáticas que afetaram algumas colheitas.
Principais destinos: América e Ásia
Quanto ao destino dos produtos regionais, o continente americano segue liderando com 53,8% do total exportado, destacando Estados Unidos e Brasil como os principais parceiros comerciais. A Ásia, por sua vez, concentrou 29,8% dos envios, com Coreia do Sul e Tailândia como receptores chave das exportações locais.
Europa e Oceania completaram o panorama, embora com uma participação significativamente menor, o que reforça a concentração do comércio exterior regional em dois grandes blocos econômicos.
Uma participação nacional em declínio
Em nível nacional, a participação da Região de Los Ríos no total de exportações do país também mostrou um retrocesso. Enquanto em fevereiro de 2024 representava 0,9% do total, este ano o número caiu para 0,6%, marcando uma tendência preocupante que convida à reflexão sobre a necessidade de diversificar a matriz produtiva e fortalecer a competitividade regional.
Especialistas concordam que, embora parte da queda possa ser explicada por fatores conjunturais como a desaceleração global ou os conflitos comerciais internacionais, também há uma urgência em modernizar e agregar valor à oferta exportável da região, incorporando mais inovação, sustentabilidade e acesso a novos mercados.