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A inquietação no setor florestal por ameaça de tarifas: "É preciso esperar para ver os impactos"

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A indústria florestal, de celulose e madeira é um dos pontos fortes em várias regiões do sul do país, e como pode ser especialmente no Bío Bío.

De fato, esses produtos são os mais exportados da região para o exterior, tanto para o mercado norte-americano, europeu e, em maior medida, para o oriente.

Por isso mesmo, há preocupação no setor devido ao estudo que o governo dos Estados Unidos (EUA) está realizando sobre possíveis tarifas sobre a madeira.

O temor por possíveis tarifas sobre a madeira

Quando Trump declarou a tarifa global de 10% e uma série de taxas “recíprocas” no “Dia da Libertação”, entre os produtos que ficaram isentos dessas medidas comerciais estavam o cobre e a madeira.

Isso trouxe um alívio para dois dos setores mais importantes do país: a mineração e o setor florestal.

No entanto, e assim como acontece com o metal vermelho, os temores não se dissiparam, pois assim que terminarem as investigações por parte do Secretário de Comércio dos EUA, Trump poderia finalmente impor uma tarifa sobre esse tipo de exportação.

A esse respeito, há preocupação no setor, conforme manifestado pela Corporação Chilena da Madeira (Corma), que, através do presidente do sindicato no Bío Bío, Alejandro Casagrande, disse que só resta esperar.

Questionado, o ministro da Economia, Nicolás Grau, disse que o efeito no emprego no setor florestal e também em outros, pelo menos no caso do Chile, será limitado.

Isso se deve às condições de abertura econômica do país com outros mercados, embora ele tenha reconhecido que há situações das quais não se pode escapar “porque são situações globais”.

Por sua vez, o ministro do Trabalho, Giorgio Boccardo, disse que é necessário construir uma institucionalidade trabalhista que permita enfrentar possíveis problemas que setores econômicos possam ter e é isso que está sendo feito.

O ministro acrescentou que, por isso mesmo, nas próximas semanas, será enviado ao Congresso um projeto que buscará uma reforma integral nos subsídios trabalhistas, esperando que seja mais flexível e vá em auxílio de setores afetados, promovendo a criação de empregos.

Fonte:BiobioChile