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Arauco e o reflorestamento colaborativo: uma aposta pelo futuro da floresta chilena

Arauco e o reflorestamento colaborativo: uma aposta pelo futuro da floresta chilena

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O reflorestamento é um processo chave para a sustentabilidade do setor florestal no Chile, e a Arauco tem impulsionado um modelo inovador de colaboração com proprietários de terras para potencializar a recuperação dos solos e garantir o fornecimento futuro de madeira.


Luis Felipe Cáceres Frías, subgerente de Compra e Ativos Florestais da Arauco, explica que a empresa tem trabalhado em programas de reflorestamento há mais de 30 anos em conjunto com a Corporação Nacional Florestal (CONAF).


Embora em um momento o programa tenha perdido dinamismo, nos últimos quatro anos foi retomado com mais força e com uma abordagem mais integral. "Buscamos gerar relações de ganha-ganha com os donos de terrenos, garantindo que o reflorestamento seja um benefício mútuo", destaca Cáceres.

Este modelo de cooperação permite que a empresa contribua com sua experiência em manejo florestal, administração e fornecimento de material genético de alta qualidade, enquanto os proprietários disponibilizam suas terras. Em troca, a empresa negocia acordos de participação na futura produção de madeira.

"Alguns proprietários preferem receber pagamentos imediatos por meio de arrendamentos, outros optam por esperar o desenvolvimento da floresta para obter retornos econômicos maiores", detalha o executivo.


Motivos e desafios do reflorestamento

As razões para reflorestar são diversas. Embora um dos principais objetivos da Arauco seja garantir o abastecimento futuro de madeira, a iniciativa também responde à necessidade de restaurar solos degradados, reflorestar áreas afetadas por incêndios florestais e melhorar o rendimento produtivo dos terrenos. "Enfrentamos fatores como erosão do solo, secas e danos causados pelo vento. Essas dificuldades afetam a qualidade e a viabilidade das florestas, por isso buscamos oferecer soluções sustentáveis aos proprietários", explica.


Um dos aspectos-chave do programa é sua flexibilidade. "Entendemos que cada proprietário tem uma história, uma visão e necessidades específicas. Oferecemos opções que se adaptem à sua realidade, sejam plantações de pinho na zona central ou eucaliptos na faixa costeira", afirma o subgerente.

Atualmente, a Arauco atua em regiões que vão desde o Maule até Osorno, priorizando diferentes tipos de cultivos de acordo com a localização e as condições climáticas.


Investimento e regulamentações

No Chile, a legislação exige o reflorestamento após a colheita de madeira, mas muitos proprietários enfrentam dificuldades econômicas para cumprir essa norma. "Alguns deixam que o rebrote natural de eucaliptos cumpra a lei, mas isso resulta em plantações de baixa qualidade. Nós oferecemos uma solução, que é assumir o processo de reflorestamento com espécies melhoradas e em condições ótimas", enfatiza Cáceres.


O modelo de negócio permite distribuir os benefícios da produção de madeira de forma equitativa com os proprietários. Dependendo do acordo, a empresa pode cobrir os custos iniciais e compartilhar os lucros em um esquema que varia entre 50-50 ou 60-40. "Nosso investimento se traduz em melhorias genéticas, manejo eficiente e melhor desempenho florestal a longo prazo", acrescenta.

Além disso, a empresa está investindo em espécies de alto rendimento, como o eucalipto clonal, um híbrido que combina o crescimento rápido do nitens com a qualidade da madeira do globulus. "Essa espécie permite maior produção por hectare e melhor rentabilidade para os proprietários", destaca o executivo.


Atualmente, a Arauco mantém cerca de 1.200 convênios com proprietários de terras, um número que continua crescendo. É importante destacar que alguns proprietários participam de mais de um acordo, o que amplia o alcance da iniciativa.

Esses convênios abrangem uma grande variedade de tamanhos e extensões de terrenos, já que muitos proprietários possuem propriedades em diferentes localizações. Ao contrário da percepção comum de que a Arauco trabalha apenas com grandes empresas, a companhia ampliou seu foco para incluir uma maior diversidade de parceiros.


Olhando para o futuro

O compromisso da Arauco com o reflorestamento não responde apenas a uma necessidade comercial, mas também a uma visão de sustentabilidade e gestão responsável dos recursos. Com a superfície florestal no Chile enfrentando pressões ambientais e regulatórias, a empresa busca gerar um "segundo piso" na produtividade florestal. "Queremos maximizar o rendimento de cada hectare plantado e fazer isso de forma que beneficie tanto a Arauco quanto os donos das terras", conclui Cáceres.

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