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Patricio Santibáñez: “O terrorismo segue ativo no sul e limita o desenvolvimento econômico”

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Em Conversando com a Acoforag, Patricio Santibáñez, presidente da Multigremial de La Araucanía, abordou com preocupação o lugar que o Chile ocupa no Índice Global de Terrorismo publicado pelo Instituto para a Economia e a Paz, que coloca o país em segundo lugar na América Latina, atrás apenas da Colômbia.

Para Santibáñez, o relatório internacional “confirma o que viemos dizendo há 10, 15, até 20 anos”, afirmando que os números refletem uma realidade objetiva e crível, elaborada por observadores externos. “É mais um antecedente, que mostra onde estamos”, comentou.

Estado de exceção: avanços, mas sem solução definitiva

O líder gremial destacou que a percepção da população tem sido fundamental para impulsionar medidas por parte do Estado. “Hoje, a maioria dos chilenos reconhece que há terrorismo e crime organizado no sul, e isso pressionou as autoridades a agir”, afirmou.

Santibáñez detalhou a evolução dos atos violentos na região, enfatizando como o estado de exceção influenciou na redução de ataques: “Passamos de 25 incidentes graves por mês para 56 quando o estado de exceção foi suspenso e, depois, com o retorno da medida e maior liberdade operacional para as Forças Armadas, conseguimos reduzir para entre 4 e 6 incidentes graves mensais”.

Apesar da redução, alertou que “o terrorismo segue ativo”, e isso mantém bloqueado o desenvolvimento produtivo da região. “Há medo de investir, de plantar. Oito em cada dez incêndios em propriedades florestais são intencionais. Isso afeta a disponibilidade de madeira, eleva custos e desanima o crescimento”.

Investimentos paralisados e comparação com o Brasil

Santibáñez comparou a situação atual com os anos 80, quando predominava um clima de investimento e crescimento. Hoje, porém, afirma que a incerteza domina. “O Brasil acaba de aprovar uma fábrica de celulose de 4 bilhões de dólares em 18 meses. No Chile, um projeto assim levaria mais de uma década”.

Críticas ao processo de restituição de terras

Sobre o trabalho da Comissão para a Paz e o Entendimento, que avalia a restituição de terras a comunidades mapuche, Santibáñez questionou a eficácia do processo.

“Não há estudos sérios que avaliem os resultados. Nos casos florestais que conheço, as terras entregues não foram replantadas há mais de 20 anos. Corta-se o bosque e abandona-se a propriedade”, afirmou. Acrescentou que, em alguns casos, há relatos de cultivos de maconha e episódios de violência.

Além disso, questionou a viabilidade econômica do modelo: “Se entregam 100 hectares e você não tem recursos nem capacidade, como vai produzir? E pior ainda se for entregue em comunidade, porque é ainda mais difícil chegar a um acordo”.

A entrevista completa está no canal do YouTube da Acoforag:


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