Delegado na Araucanía diz que empresa florestal Arauco é quem deve pedir despejo de fazenda em Lumaco
Há mais de uma década que as comunidades vinculadas à Coordenadora Arauco Malleco (CAM) mantêm ocupada a Fazenda Pidenco em Lumaco, um ponto de controvérsia na Araucanía.
A situação se agravou quando, pela segunda vez, desconhecidos frustraram a tiros as tentativas de exumar os restos do ex-integrante da CAM, Pablo Marchant, obrigando a suspender as diligências que incluíram o deslocamento de 250 efetivos de Carabineiros, a PDI e o Exército.
Agora, parlamentares e entidades de classe afirmam que é necessário desocupar a Fazenda Pidenco, propriedade da Florestal Arauco, cobrando das autoridades governamentais a adoção de medidas.
No entanto, o delegado presidencial da Araucanía, Eduardo Abdala, disse que não tem atribuições para realizar uma ação desse tipo. Segundo ele, é a Florestal Arauco quem deve solicitar o despejo e, até o momento, isso não ocorreu.
A diretora executiva da Multigremial da Araucanía, Claudia Lillo, disse que o principal é que as pessoas possam circular com liberdade e não parece correto que os privados devam se preocupar com a segurança.
Afirmou que acabar com o terrorismo na região passa por “um ponto de violência” e vontade política.
Por sua vez, o presidente da Corporação Chilena da Madeira (Corma) na Araucanía, Los Ríos e Los Lagos, Antonio Soto, pediu o apoio das autoridades para recuperar essa zona e restabelecer o Estado de Direito.
O delegado presidencial, por sua vez, disse que na segunda tentativa de exumar os restos de Pablo Marchant conseguiu-se chegar ao local onde estariam enterrados, mas decidiu-se não continuar por razões de segurança.
De acordo com a Arauco, no caso da Fazenda Pidenco, a nova lei de usurpações não se aplica porque o crime foi registrado antes da entrada em vigor da norma em novembro de 2023.
Fonte:BiobioChile