PDI descarta desarticulação da Resistência Mapuche Lafkenche (RML) após prisão de Federico Astete
A PDI se pronunciou sobre a detenção de Federico Astete Catrileo, apontado como líder da organização mapuche radical Resistência Mapuche Lafkenche (RML), descartando que sua captura signifique o fim desta organização radical.
Questionado se a prisão de Astete Catrileo significa a queda da organização, o subprefeito da PDI, Marcelo Contreras, afirmou que “não podemos afirmar isso”.
“Federico Astete tem uma participação importante dentro da organização, mas não podemos atribuir a ele um papel de liderança como uma figura única”, declarou o policial.
Ele acrescentou que “entendamos que é uma organização com uma estrutura mais horizontal do que vertical, o que permite, como eu disse, afirmar que ele é sim uma pessoa relevante dentro da organização.
Sobre os movimentos do agora detido, Contreras explicou que Astete Catrileo “na condição de fugitivo, mudava constantemente de localização, pernoitando em diferentes lugares”.
Além disso, o subprefeito da polícia civil afirmou que havia três ordens de prisão contra o integrante da RML, pelos crimes de homicídio, associação ilícita e atentado incendiário.
No entanto, informou que Astete está sendo procurado pela Justiça em relação ao assalto ao Moinho Grollmus em 29 de agosto de 2022, na comuna de Contulmo.
“Devemos entender que esta é uma organização criminosa que atua desde 2020, e se fizermos um pouco de história, eles se tornaram conhecidos após o atentado na ponte Lleu Lleu, onde explosivos foram usados dentro de um veículo”, afirmou.
A detenção do suposto líder da RML pela PDI
Especificamente, a captura de Astete Catrileo ocorreu em uma operação realizada na localidade rural de Pocuno, a 30 quilômetros ao sul de Cañete.
De acordo com informações obtidas pela Rádio Bío Bío na província de Arauco, a prisão foi realizada em uma casa localizada dentro da propriedade de seus pais.
Astete, identificado como “o número um da RML”, era procurado ativamente por sua suposta responsabilidade em múltiplos crimes violentos na Macrozona Sul.
A prisão foi concretizada após uma ordem pendente desde janeiro de 2024, data em que o indivíduo conseguiu escapar de uma operação na qual três integrantes de seu grupo, incluindo sua parceira Claudia Nahuelan, foram capturados.
O procedimento fez parte de uma diligência coordenada nas últimas horas pelo Ministério Público com a BIPE Antissequestros da PDI, contando com o apoio da Marinha na operação.
Fonte:BiobioChile