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Colaboração entre centros de reabilitação de fauna silvestre consegue reinserção de espécies sociais

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A posse ilegal, ataques de caçadores ou animais asselvajados, acidentes de trânsito e incêndios florestais são algumas das causas que afetam a fauna nativa do país. Assim, diferentes exemplares chegam aos centros de reabilitação para serem recuperados e reinseridos na natureza.

Com 20 anos de trabalho, o Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre da Universidade de Concepción (CRFS-UdeC) promove uma rede de colaboração com centros de diferentes regiões para a recuperação e posterior liberação de espécies com comportamento social, que se beneficiam de viver em grupos de vários indivíduos.

Essa reinserção não requer apenas tratamento clínico, mas também um processo de aclimatação gradual, onde os animais recebem treinamento para voltar a se valer por si mesmos em seu entorno natural junto a animais de sua mesma espécie. Nesses casos, o Centro de Reabilitação UdeC, localizado na Região de Ñuble, realiza a recuperação clínica em sua etapa inicial para depois transferi-los a outros centros que finalizam sua reabilitação etológica para sua posterior liberação.

"Estamos fazendo trabalho colaborativo com outros centros de reabilitação, por exemplo, com aves psitacídeas, como os papagaios choroy ou cachaña, que se beneficiam de viver em bandos muito numerosos. Desta vez, tivemos um núcleo de oito indivíduos que viajaram para a Região Metropolitana, especificamente para o Refúgio Animal Cascada, que recebe exemplares de diferentes partes do país para formar grupos grandes. Isso impulsiona o aprendizado das aves para sobreviver em sistemas sociais mais complexos. Uma vez terminado o processo de adaptação, serão liberadas juntas, com maior vantagem de sobrevivência", explicou a diretora do CRFS-UdeC, Dra. Paula Aravena Bustos.

A diretora do Refúgio Animal Cascada, localizado em San José de Maipo, Região Metropolitana, Kendra Ivelic Astorga, valorizou esse trabalho no qual participam diversos centros a nível nacional. "Como centro de reabilitação, temos infraestrutura muito adequada para reabilitar papagaios nativos e estamos entre os que mais concentram essas espécies no país. Portanto, é comum que outros centros recebam e reabilitem em uma etapa mais intensiva e depois nos encaminhem, possibilitando criar um bando que nos permite liberar grupos de papagaios nativos que foram trabalhados em conjunto", relatou. Trabalho constante que consegue melhorar as etapas de recuperação de danos físicos e etológicos (associados ao comportamento animal), como estresse e imprinting humano (principalmente em aves apreendidas).

Cooperação conjunta à qual se soma o Centro de Reabilitação de Fauna Silvestre (Cerefas), da Universidade Austral de Chile (UACH). Há alguns meses, o CRFS-UdeC, graças à colaboração do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) de Ñuble, enviou-lhes um exemplar de raposa chilla juvenil para trabalhar em sua relação com outros indivíduos da mesma espécie.

"No CRFS-UdeC, eles tinham uma raposinha jovem sozinha, nós também. Uma raposinha órfã implica um enorme desafio de reabilitação, pois sozinha é muito fácil que se acostume ao humano. Então, nós as criamos juntas, evitando o imprinting, e as liberamos no meio natural, melhorando suas chances de sobrevivência", contou a Responsável Clínica do Cerefas, Paula Lira Rodríguez.

O diretor regional do Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) em Ñuble, Osvaldo Alcayaga Benavente, destacou que essa colaboração realizada com a Universidade de Concepción permitiu que, na última temporada, fosse realizado o resgate de uma coruja, uma rolinha-cuyana, além de um pato jergón, entre outros.

O diretor detalhou que, nesse trabalho em conjunto com outros centros de reabilitação, a instituição "implementou um sistema de plantão para que os funcionários fiquem de prontidão nos fins de semana, assim como um telefone que está disponível para as instituições parceiras, municípios, universidades ou outras instituições do nosso governo, para ir oportunamente resgatar animais que estejam em perigo ou com alguma lesão que requeira seu resgate, reabilitação e posterior liberação em seu ecossistema".

Vantagens da colaboração

Para a Dra. Paula Aravena, essa sinergia entre centros de reabilitação é muito positiva para a recuperação da fauna nativa. "Acho super importante que os centros de reabilitação colaborem entre si, porque otimizamos nossas habilidades e níveis de expertise. Apoiar-se sempre tem suas vantagens, e é bom reconhecê-las e somar mais experiências positivas à reabilitação da fauna silvestre do Chile", afirmou.

A diretora do Refúgio Animal Cascada detalhou que "cada centro tem suas forças e suas fraquezas, e se colocarmos os animais como foco central, então, em colaboração, podemos realizar um trabalho muito melhor". E acrescentou: "É uma instância que está se tornando cada vez mais repetitiva e está fortalecendo os laços entre os centros".

Fonte:La Discusión

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