Sponsors

Banner Ponse H
DGAC e Carabineiros esclarecem operacionalidade de drones adquiridos por quase US$ 7 bilhões na Araucanía

DGAC e Carabineiros esclarecem operacionalidade de drones adquiridos por quase US$ 7 bilhões na Araucanía

Sponsors

komatsu Shovel Logger Banner 1

No dia 25 de abril, o deputado republicano Stephan Schubert denunciou que um drone entregue em dezembro passado aos Carabineiros para tarefas de reconhecimento e vigilância na Macrozona Sul — que representou um investimento milionário por parte do governo — ainda não estava em operação, e responsabilizou por isso um atraso na entrega das autorizações necessárias por parte da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC).

Concretamente, foram dois os drones Camcopter S-100 entregues à polícia uniformizada no dia 13 de dezembro de 2024 pela então ministra do Interior, Carolina Tohá, junto ao general diretor dos Carabineiros, Marcelo Araya, durante uma cerimônia realizada na delegacia de Controle de Ordem Pública (COP) de Pailahueque, na comuna de Ercilla, Região da Araucanía.

Esses veículos não tripulados, segundo informações do próprio Executivo, foram adquiridos por um total de US$ 6.973.734.425 da empresa austríaca Schiebel Aircraft GmbH, com recursos obtidos da Subsecretaria do Interior.

Nesse contexto, o deputado Schubert afirmou que, após mais de quatro meses da entrega, as aeronaves não haviam entrado em operação "devido à falta das autorizações necessárias concedidas pela Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC)", motivo pelo qual enviou um ofício ao Ministério da Defesa para obter explicações do Executivo.

Assim, no dia 27 de abril, a DGAC respondeu por meio de um comunicado, afirmando que "ambos os RPAS/drones possuem o certificado de aeronavegabilidade vigente concedido pela DGAC", portanto, "do ponto de vista técnico, os RPAS/drones não apresentam nenhum impedimento para seu uso pelos Carabineiros do Chile".

Acrescentaram que, nesse cenário, as aeronaves "estão operando normalmente em coordenação com as dependências de tráfego aéreo da DGAC".

No entanto, em declarações ao La Tercera, o órgão vinculado à Força Aérea do Chile (FACh) informou que a autorização para o voo dos drones Camcopter S-100 foi concedida apenas no dia 3 de abril, "após um processo de habilitação e cumprimento de requisitos técnicos por parte dos Carabineiros".

Nesse sentido, destacaram que, por ser a primeira vez que um drone com essas características chega ao país, "o tempo de habilitação para a aprovação de sua operação é maior que o de um drone padrão", já que, lembraram, "possui características e capacidades diferentes que tornam mais complexa a análise técnica, administrativa e operacional da aeronave em particular".

"Isso, sem prejuízo dos processos próprios dos Carabineiros do Chile, para capacitar seus funcionários no uso seguro dessas aeronaves e a coordenação necessária com os Centros de Controle de Tráfego Aéreo da DGAC", concluíram.

Por sua parte, os Carabineiros confirmaram a este veículo que os drones Camcopter S-100 "já estão operacionais, após cumprirem todos os requisitos técnicos e administrativos exigidos pela Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC)".

No entanto, destacaram que, por se tratar de "material estratégico", não é possível informar detalhes sobre sua operação e deslocamento na Macrozona Sul.

Deputado Schubert: "Governo não antecipou caminho nem o colocou como prioridade"

Hoje, o deputado Stephan Schubert afirmou a este veículo que ainda aguarda a resposta do ofício enviado ao governo, mas reconheceu que recentemente soube que os drones já possuíam as autorizações necessárias para operar.

Essa situação, assegurou, foi confirmada pela própria DGAC e pelo chefe da Zona Araucanía de Controle de Ordem Pública (COP) dos Carabineiros, general Cristián Mansilla.

Apesar disso, insistiu em sua crítica pelo atraso no processo de habilitação, que manteve esses equipamentos tecnológicos em terra por quatro meses.

"O drone está voando, mas só começou a voar agora, desde a terça-feira da semana passada", afirmou o parlamentário.

"Minha crítica foi dirigida à autoridade, que investiu tantos milhões em algo tão necessário, tão urgente. Tinham especificações técnicas, o drone era muito técnico. Então, como não se anteciparam sabendo que a DGAC teria que autorizar um objeto voador diferente, porque não é um drone comum nem um avião, e isso exigiu especificações e regulamentos especiais? Bem, a autoridade sabia disso, então não entendo como se faz esse investimento que fica um quarto de ano em terra, sabendo todos que essa autorização era necessária", destacou.

A respeito disso, diz acreditar que era necessário "ter fortalecido a DGAC, acho que há também uma questão de pessoal na DGAC, mas aqui o governo deveria ter se antecipado, entregando essas fichas e dizendo 'isso é de dedicação exclusiva, prioridade número um, para que esse drone possa voar o mais breve possível, em algumas semanas, mas não em quatro meses'", afirmou.

"Enquanto isso, tivemos os incêndios do verão, a queima das 50 máquinas (na central Rucalhue), então estamos em uma situação de segurança terrível. Foram investidos US$ 7 milhões, pessoal foi treinado no final do ano passado na Europa e estavam prontos, mas não havia a autorização da DGAC, porque não se antecipou o caminho, como deveria ter sido, nem o governo priorizou para que isso fosse resolvido rapidamente".

As características do Camcopter S-100

O drone Camcopter S-100 possui um sistema versátil e autônomo, projetado para permitir reconhecimento e vigilância, tanto em ambientes terrestres quanto marítimos.

O equipamento tem um sistema de decolagem e pouso vertical, eliminando a necessidade de dispositivos de lançamento e recuperação, assim como a preparação de espaços para seu funcionamento. Isso se traduz em flexibilidade de uso em diferentes cenários.

A aeronave tem 3,11 metros de comprimento e 1,12 metro de altura, pesa 114 quilos, pode voar até 185 quilômetros por hora e tem autonomia de seis horas.

Além disso, o Camcopter pode transmitir simultaneamente até quatro canais de vídeo para a estação de controle. Também oferece armazenamento e processamento de vídeo integrado para transmissão com atraso de tempo.

A aeronave permite planejamento completo da missão com mapas integrados e pode ser "controlada" de forma autônoma ou em modo semiautônomo, onde um operador tem voz direta nos procedimentos.

A inovação tecnológica motivou treinamentos nas instalações da empresa Schiebel, onde foram instruídos aprendizes de operador e também funcionários dos Carabineiros que ficarão responsáveis pela manutenção do Camcopter.

Fonte:La Tercera


Sponsors

Salfa John deere
Publicação anterior"O que fazemos agora?": o lamento do dono de empresa afetada por ataque incendiário em Lautaro
Próxima publicaçãoGoverno aponta a WAM por atentado em Rucalhue: Apresentou queixa por lei antiterrorista
Comentarios (0)
Ainda não há comentários.
Deixe um comentário
captcha