Contratantes Florestais: Mais de 40 mil pessoas foram vítimas de violência na Macrozona Sul
A Associação de Contratantes Florestais (Acoforag) afirmou que mais de 40 mil pessoas foram vítimas de violência, direta e indiretamente, na Macrozona Sul.
Por sua vez, parlamentares criticaram o fato de a Comissão pela Paz e Entendimento não ter elaborado um registro das pessoas afetadas por atentados.
Sem um cadastro de vítimas de violência, terminou o trabalho da Comissão Presidencial pela Paz e Entendimento, que só conseguiu quantificar a demanda por terras por parte das comunidades mapuches da Macrozona Sul.
Uma situação que causou desconforto em diversos sindicatos, que criticaram o fato de, em quase dois anos, não ter sido elaborada uma lista de pessoas afetadas pelos atentados registrados entre as regiões de Bio Bío e Los Lagos.
O gerente da Acoforag, René Muñoz, disse que em 12 anos cadastraram mais de 40 mil pessoas afetadas por atos de violência, tanto direta quanto indiretamente. "No setor florestal, temos quatro trabalhadores assassinados; em termos de pessoas feridas e maltratadas psicologicamente, são cerca de 40 mil no total, incluindo famílias e trabalhadores afetados, então não é pouco", afirmou.
A falta de um cadastro das vítimas de violência foi criticada pelo deputado de Amarillos em La Araucanía, Andrés Jouannet, que destacou que a Comissão pela Paz e Entendimento teve a oportunidade de consultar os diversos sindicatos.
Opinião semelhante teve a deputada libertária da região, Gloria Naveillán, expressando sua surpresa com o trabalho "mal feito" pelos comissionados.
O líder dos contratantes florestais explicou que mais de 400 associados foram afetados por atos de violência e, considerando que cada um deles tem pelo menos 100 trabalhadores, o resultado é mais de 40 mil pessoas sofrendo as consequências dos atentados na Macrozona Sul.
Um número que, além disso, se soma a outras 420 pessoas cadastradas pela Associação de Vítimas da Violência Rural.
Fonte:BiobioChile