Setor da construção no Chile mostra sinais de estabilização após longa recessão
O setor da construção no Chile, que enfrentou uma prolongada recessão, parece estar mostrando sinais de estabilização, conforme relatado pelo Infor. De acordo com o Índice Mensal de Atividade da Construção (IMACON), fevereiro de 2025 registrou uma variação anual de apenas -0,02%, o que pode indicar uma tendência de estabilização após 33 meses de quedas consecutivas em termos anuais.
Desde outubro de 2024, o IMACON tem apresentado variações positivas, embora inferiores a 1%, sugerindo uma moderação no declínio da atividade do setor.
Essa tendência reflete-se parcialmente nos preços dos produtos florestais demandados pela construção. Em fevereiro de 2025, o painel MDF registrou um leve aumento anual de 0,29% no preço real, enquanto a madeira serrada e os painéis MDP tiveram as maiores quedas de preço, com reduções de 4,5% em ambos os casos.
A desaceleração na queda da atividade da construção pode estar vinculada aos cortes sucessivos da Taxa de Política Monetária pelo Banco Central do Chile, o que influencia o custo e o acesso ao crédito imobiliário. Além disso, a implementação do Plano de Emergência Habitacional do MINVU parece ter tido um impacto positivo.
Os indicadores setoriais também mostram sinais encorajadores. A Câmara Chilena da Construção projeta para 2025 um aumento de 1,1% no investimento, com uma expansão projetada de 3,1% no investimento público. Da mesma forma, o Índice de Vendas de Materiais para Construção no Atacado registrou em fevereiro um aumento anual de 3,1%.
Quanto às licenças de construção, em janeiro e fevereiro de 2025 acumulou-se um aumento de 19,8% na superfície total autorizada e de 23,4% na superfície habitacional, o que está diretamente vinculado à demanda por madeiras e painéis.
Esses dados podem indicar o início de uma recuperação no setor da construção, o que teria um impacto significativo na economia nacional, dada a importância desse setor como demandante de produtos florestais e seu papel como motor de crescimento e emprego.