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Ataque incendiário em propriedade florestal de Mulchén acirra debate sobre segurança na Macrozona Sul

Ataque incendiário em propriedade florestal de Mulchén acirra debate sobre segurança na Macrozona Sul

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O ataque incendiário ocorrido esta manhã em Mulchén acendeu os alertas na Região do Biobío. Durante a madrugada, um grupo composto por cinco indivíduos armados invadiu uma propriedade florestal da empresa CMPC, localizada no setor Enlace Los Pinos, no quilômetro 4 da Rota Q-896, comuna de Mulchén, e incendiou máquinas e veículos utilizados em atividades florestais.

Segundo informações coletadas pela Polícia de Investigações (PDI), os atacantes se deslocavam em uma caminhonete branca, estavam vestidos de preto, com o rosto coberto por bandanas, usavam coletes à prova de balas e estavam armados com fuzis e espingardas.

O chefe da Brigada de Investigações Policiais Especiais (Bipe) de Los Ángeles, comissário David Meliñir, forneceu os primeiros detalhes do local do ocorrido. “Durante a madrugada de hoje, chegaram a este local uma caminhonete com cinco indivíduos, que intimidaram os trabalhadores que estavam no interior do local naquele momento”, detalhou o oficial.

“Posteriormente, incendiaram máquinas florestais e alguns equipamentos de contratados e subcontratados que prestam serviços nessa propriedade florestal”, acrescentou Meliñir, esclarecendo que o ataque afetou sete veículos no total: duas máquinas agrícolas, quatro caminhonetes, um carro de manutenção e um carro-refeitório.

Chamado urgente para reforçar a segurança

O fato gerou preocupação imediata entre as autoridades locais, especialmente porque Mulchén está sob estado de exceção constitucional há três anos, como parte das medidas implementadas na chamada Macrozona Sul, em resposta a repetidos atos de violência rural.

O prefeito da comuna, José Miguel Muñoz, foi enfático em sua reação. “Não queremos que nossa província se torne novamente uma nova Macrozona Sul”, advertiu, instando o governo central a adotar medidas urgentes e eficazes. “Fazemos um chamado para reforçar as ações de segurança. O ocorrido mostra que não basta manter o estado de exceção se não há presença dissuasória nem resultados concretos”, afirmou a autoridade municipal.

Preocupação no governo

A reação do governo central não demorou. O ministro da Segurança Pública, Luis Cordero, classificou o ataque como “preocupante” e afirmou que, embora tenham sido alcançados avanços na estabilização de algumas áreas, este novo atentado demonstra a persistente mobilidade territorial dos grupos violentos.

“É um atentado incendiário que vemos com preocupação, ainda mais porque essa era uma zona que havia mantido certa tranquilidade. Não tínhamos um atentado em Mulchén desde 2023”, disse Cordero. “Esse tipo de mobilidade territorial será analisada com muito detalhe junto às polícias e com o chefe da Defesa Nacional que está na região”, destacou.

Delegação presidencial: “São atos criminosos”

Por sua vez, o delegado presidencial da Província de Biobío, Javier Fuchslocher, confirmou que não houve feridos durante o ataque, o que considerou um alívio, mas ressaltou a gravidade dos fatos.

“Não temos feridos, mas, como governo, temos sido enfáticos em afirmar que estes são atos criminosos, que vão contra o trabalho realizado para manter uma província e uma região seguras”, declarou o delegado.

Fuchslocher acrescentou que as ações de coordenação com as Forças Armadas e Carabineiros continuarão a ser reforçadas no âmbito do estado de emergência vigente na Macrozona Sul, ao mesmo tempo que fez um apelo à população para confiar nas instituições e denunciar qualquer fato que ponha em risco a segurança da comunidade.

Um novo desafio para a Macrozona Sul

O ataque em Mulchén coloca em dúvida a eficácia das medidas de segurança implementadas na Macrozona Sul e reacende o debate sobre a necessidade de novas estratégias de inteligência, prevenção e proteção em áreas rurais afetadas pelo conflito.

Enquanto isso, trabalhadores, contratados e moradores da região expressam medo diante da possibilidade de uma escalada da violência. Por enquanto, as investigações continuam, sem que, até o fechamento desta edição, tenha sido relatada a detenção dos autores do atentado.

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