Sponsors

komatsu Shovel Logger Banner 1
Flora do Biobío: trabalho de especialistas da UdeC oferece chaves para identificar plantas da região

Flora do Biobío: trabalho de especialistas da UdeC oferece chaves para identificar plantas da região

Sponsors

Banner Ponse H

Com ecossistemas de ambientes mediterrâneos, típicos da zona central do Chile, e temperados, como os do sul do país, a Região do Biobío é um espaço notável do ponto de vista de sua diversidade vegetal.

Essa riqueza está expressa em cerca de 1.500 espécies de plantas vasculares silvestres, das quais 1.110 são nativas e 383 são alóctonas assilvestradas ou adventícias.

Dentre as nativas, contam-se 331 espécies de caráter endêmico e 779 plantas que também estão presentes em outros países da América do Sul e do mundo.

Este é o balanço de um trabalho realizado pela Universidade de Concepción, que dá vida à Flora da Região do Biobío, um guia para a identificação das espécies, um texto de mais de 600 páginas, cujo lançamento está previsto para 10 de julho.

Seus autores são o pesquisador do Instituto de Ecologia e Biodiversidade (IEB), Dr. Sebastián Teillier Arredondo; o Diretor e a curadora do Herbário UdeC (CONC), Dr. Carlos Baeza Perry e Alicia Marticorena Garri, e o fotógrafo naturalista Eitel Thielemann (✝2024).

O texto contém cerca de mil fotografias e 400 ilustrações, além de dados-chave para o reconhecimento das plantas que crescem na região; também inclui um resumo histórico dos estudos sobre a flora do Biobío e uma descrição geral da vegetação local, com ênfase nos remanescentes mais conservados e nas espécies ameaçadas.

Estão incluídos diferentes tipos de florestas (esclerófilas, decíduas, sempre-verdes e montanas) e a vegetação andina, das dunas e dos pântanos.

A lista das espécies abrangidas pelo livro foi elaborada a partir das bases de dados da Nova Flora do Chile, do Herbário do Departamento de Botânica; do Instituto de Botânica Darwinion (Argentina); do herbário do Museu Nacional de História Natural de Santiago e da revisão de diversas bibliografias sobre taxonomia e fitogeografia.

Tudo isso foi complementado com visitas a campo em diferentes pontos da região para completar e/ou atualizar informações existentes.

“A escolha dos locais teve a ver com registrar fotograficamente a flora das areias do rio Laja ou complementar estudos em zonas bem conservadas, como o Parque Nacional Nonguén; a parte alta do Laja, o Parque Nacional Laguna del Laja e o Paso Pichachén; também Alto Biobío e o Parque Nacional, para complementar estudos de flora e fotografar as espécies”, relata Sebastián Teillier.

Também foram realizados trabalhos de campo em setores do litoral, como Tumbes, a foz do Biobío, caleta Chome, ilha Rocuant, entre outros, acrescenta o botânico, que atualmente está vinculado ao Herbário CONC através dos projetos Nova Flora do Chile e Biodata (cujo objetivo é a digitalização das coleções botânicas da UdeC).

“Nesses trabalhos de campo, realizados em todas as estações do ano, encontramos algumas surpresas, como, por exemplo, o achado de espécies que não eram esperadas para a zona. Isso foi uma boa contribuição, e o mais interessante foi observar também onde as plantas estão crescendo agora”, comenta o Dr. Carlos Baeza.

Para o acadêmico, este trabalho – que, em sua opinião, é pioneiro, no sentido de ser o primeiro do tipo para a Região – condensa as contribuições que historicamente diversos pesquisadores têm feito ao conhecimento botânico na UdeC.

“Nós somos como a ponta do icebergue, porque o trabalho grande foi feito pelos colegas que deixaram seu legado no Herbário. Então, este livro é uma homenagem aos cem anos das coleções de plantas da UdeC”, destaca o especialista em Sistemática de Plantas Vasculares.

A curadora do Herbário considera que este texto vem saldar uma dívida com a região, ao disponibilizar informações acessíveis sobre a vegetação regional para diversos públicos.

“Temos um departamento de Botânica importante, potente, e não havíamos feito algo que o mostrasse e que servisse não apenas aos botânicos, mas também a zoólogos, por exemplo, que precisam saber em qual planta encontraram seu inseto, ou aos ecólogos; àqueles que trabalham em medicina natural ou fazem consultorias. Estávamos em dívida com a região e com o país”, afirma a acadêmica.

Este trabalho não está pensado apenas para profissionais que estudam a flora e a vegetação, administram recursos vegetais ou trabalham em paisagismo, mas também para estudantes de diferentes níveis e qualquer pessoa interessada em aprender sobre plantas ou aprofundar seus conhecimentos sobre elas.

O livro é o segundo que aborda a totalidade da flora vascular de uma zona específica do país, seguindo o caminho da Flora da Região Metropolitana de Santiago, lançado em 2022.

Fonte:Diario Concepción

Sponsors

Salfa John deere
Publicação anteriorThe Story of Nolberto Pardo, Forestry Truck Driver
Próxima publicaçãoMarcelo Rodríguez, the Chilean Beekeeper Transforming Forests and Recognized by FAO Worldwide
Comentarios (0)
Ainda não há comentários.
Deixe um comentário
captcha