Ñuble: Exportações silvoagropecuárias acumulam alta de 18,7%
As exportações silvoagropecuárias de Ñuble totalizaram US$ 571,7 milhões entre janeiro e maio de 2025, o que representa um aumento de 18,7% em comparação com os US$ 481,5 milhões do mesmo período do ano passado, conforme indica o relatório da Oficina de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), do Ministério da Agricultura, com dados da Direção de Alfândegas.
A região representou 5,9% das exportações silvoagropecuárias do país, ocupando a sexta posição em nível nacional. A variação positiva de Ñuble contrasta com a queda de 3,0% registrada na média de todas as regiões do país.
A expansão se explica pelo bom desempenho dos setores florestal e agrícola, principalmente dos segmentos de madeiras trabalhadas e frutas congeladas.
Segundo o relatório da Odepa, os embarques florestais nos primeiros cinco meses de 2025 somaram US$ 343,9 milhões, registrando um crescimento de 28,1% em relação a janeiro-maio de 2024, associado a um cenário externo mais favorável para a madeira. Enquanto isso, as exportações agrícolas totalizaram US$ 227,4 milhões, marcando um aumento de 7,0% em comparação com o mesmo período de 2024, impulsionadas pelos resultados positivos dos embarques de frutas e hortaliças processadas.
Em uma posição mais atrasada estão os embarques pecuários, que somaram US$ 387 mil no período, registrando uma queda de 20,0% em comparação com janeiro-maio de 2024.
Principais segmentos
Na análise por segmentos, destaca-se o aumento de 109,6% nos embarques de madeiras trabalhadas (US$ 84,5 milhões).
Da mesma forma, as madeiras serradas (US$ 57,5 milhões) apresentaram alta de 144,6% em comparação com os primeiros cinco meses do ano passado.
No caso da celulose, embora continue sendo o principal produto de exportação, com US$ 200,4 milhões, apresentou um leve recuo de 1,1%.
Também se destaca o dinamismo dos embarques de frutas processadas — principalmente congeladas — (US$ 86,3 milhões), que cresceram 38,2% em relação a janeiro-maio de 2024, com maiores volumes; superando amplamente as frutas frescas (US$ 78,6 milhões), que cresceram 6,5%, com números ruins em cerejas e um desempenho regular em mirtilos.
Quanto às hortaliças processadas (US$ 13,8 milhões), registraram um incremento de 46,1%.
Por outro lado, o setor de sementes não conseguiu superar os números do ano passado, já que as exportações de sementes para plantio (US$ 14,6 milhões) diminuíram 51,4% em comparação com janeiro-maio de 2024, o que se explica pela menor demanda no Hemisfério Norte.
Destinos
Os principais destinos dos embarques silvoagropecuários de Ñuble, entre janeiro e maio deste ano, foram: China, com participação de 33%; Estados Unidos, com 31%; Coreia do Sul, México e Japão, com 4% cada; enquanto os 25% restantes se distribuem entre os demais países.
Fonte:La Discusión