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Satélite Biomass revela suas primeiras imagens: um novo passo na compreensão do carbono nas florestas

Satélite Biomass revela suas primeiras imagens: um novo passo na compreensão do carbono nas florestas

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A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou as primeiras imagens captadas pelo satélite Biomass, uma missão pioneira projetada para medir a quantidade de carbono armazenado nas florestas do planeta. A apresentação foi realizada durante o Simpósio Planeta Vivo em Viena e representa um marco importante nos esforços globais para compreender o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas.

A apenas dois meses de seu lançamento, o Biomass já começa a entregar resultados promissores, apesar de ainda estar em fase de calibração. O satélite incorpora um radar de abertura sintética de banda P, tecnologia única capaz de penetrar o dossel florestal e detectar a biomassa lenhosa —troncos, galhos e caules—, informação vital para calcular com maior precisão as reservas de carbono contidas nas florestas do mundo.

“Esperamos que esta nova missão represente um avanço revolucionário em nossa capacidade de compreender as florestas da Terra”, afirmou Simonetta Cheli, diretora de Programas de Observação da Terra da ESA, destacando o papel crucial das florestas no ciclo do carbono e na luta contra as mudanças climáticas.

Retratos de um planeta em transformação

As primeiras imagens entregues pelo Biomass não são apenas cientificamente valiosas, mas também visualmente impactantes. Uma das mais destacadas corresponde ao rio Beni, na Bolívia, onde se observa o avanço do desmatamento na bacia amazônica. Na imagem, os tons verdes mostram a floresta tropical; os vermelhos, as planícies aluviais e áreas úmidas; os azuis, os pastos; e as áreas pretas, os corpos d'água.

Outra imagem impressionante mostra as florestas de Halmahera, na Indonésia, onde o radar do satélite permite distinguir não apenas a vegetação densa, mas também a topografia vulcânica da região. O Monte Gamkonora, um vulcão ativo, é claramente visível, demonstrando a capacidade do sistema de penetrar a vegetação e revelar estruturas do terreno.

Missão de cinco anos

A missão Biomass está projetada para operar durante cinco anos, oferecendo cobertura global e contínua das florestas do planeta. Espera-se que os dados obtidos sejam fundamentais para desenvolver modelos climáticos mais precisos, impulsionar políticas de conservação e melhorar os sistemas de monitoramento de carbono.

À medida que avança a fase de calibração e validação de dados, os cientistas poderão começar a utilizar as informações coletadas para quantificar de forma rigorosa a biomassa florestal e avaliar com maior detalhe o papel que os ecossistemas naturais desempenham na mitigação das mudanças climáticas.

A ESA, junto a uma rede global de pesquisadores, continua investindo em inovação científica e tecnológica para enfrentar os desafios ambientais do século XXI. Com o Biomass, o conhecimento do planeta dá um novo passo em direção a uma compreensão mais profunda e precisa das florestas como reguladoras do clima e guardiãs do carbono terrestre.

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