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Extorsões aos subcontratados, o novo crime que afeta a indústria florestal chilena

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O gerente da Associação de Contratistas Florestais AG (Acoforag), René Muñoz, falou sobre um novo crime que o setor madeireiro enfrenta: extorsões e cobranças indevidas a trabalhadores subcontratados.

Em conversa com o SABES, o executivo abordou a crise de segurança que a indústria florestal enfrenta no Chile. Durante anos, o roubo de madeira foi um dos crimes mais importantes no país, o qual tem diminuído recentemente. No entanto, como revela Muñoz, isso não é a única preocupação.

Para o representante da Acoforag, o roubo de madeira agora existe "em menor escala, mas há outro tema que precisa ser levantado: as extorsões e 'pagamento de pedágio' para trabalhar. É um crime que conversamos com o Ministério Público. Há contratistas florestais que têm que pagar para produzir em determinados lugares".

O gerente detalhou que "extorquem de forma que 'você tem que trabalhar, mas deve pagar tanto dinheiro se quiser retirar sua madeira'. Essa lógica é a que está aparecendo, o que poderia explicar a redução nos ataques, porque é mais fácil ficar sentado confortavelmente no limite da sua casa e esperar que te paguem uma comissão".

Essa modalidade criminosa está muito presente em outros países sul-americanos, por isso há a preocupação de que seja um comportamento importado. No entanto, Muñoz afirmou que, por enquanto, "não temos certeza de que haja interferência de estrangeiros, mas todos os métodos são copiados e, no final, estamos caindo na mesma coisa. Então, é como se não tivéssemos mais ataques, mas temos extorsão. O setor florestal hoje está se transformando no campo de trabalho do crime em geral".

Finalmente, René Muñoz lamentou que esse contexto "pressiona as empresas a dizerem 'aqui não há certeza jurídica, não se pode trabalhar'. Além disso, há falta de institucionalidade, não há leis de desmatamento, a lei de incêndios também não existe. Tudo isso faz com que o setor florestal não seja atraente atualmente".

Fonte:Sabes