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Los Angeles aposta na IA para modernizar a agricultura e a atividade florestal

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Pequenos agricultores, grandes empresários, especialistas e autoridades concordaram nesta terça-feira em uma mesa setorial realizada em Los Angeles com o objetivo de analisar como a inteligência artificial (IA) pode impulsionar os setores agrícola e florestal na província de Biobío.

A iniciativa busca tornar os processos mais eficientes com a tecnologia, especialmente no que diz respeito ao uso da água e às operações do dia a dia, além de ajudar a região a manter-se competitiva graças à digitalização e ao gerenciamento inteligente de dados. Durante o encontro, foi destacado que países como Estados Unidos, China e Índia já estão na vanguarda do uso de IA na agricultura. Na China e na Índia, por exemplo, utilizam desde tratores autônomos até drones que monitoram plantações e aplicam técnicas de melhoramento genético assistidas por IA.

Na Europa, a Alemanha aumentou sua adoção dessas tecnologias em mais de 13% no último ano, segundo um estudo recente. Na América Latina, o Chile lidera com investimentos que ultrapassam US$ 8 bilhões em infraestrutura, capacitação e apoio às PMEs.

Da mesma forma, a adoção de IA no agro já chega a 80% em nível nacional, bastante acima da média mundial. No entanto, na região de Biobío, o índice cai para 60%, o que revela que ainda persistem lacunas tecnológicas.

DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA PROVÍNCIA

Os especialistas locais explicaram que a agricultura é um mundo complexo, com muitas variáveis que influenciam a tomada de decisões, o que torna difícil inovar e desenvolver novas tecnologias. No entanto, em Biobío, há uma equipe multidisciplinar, uma espécie de macrouniversidade, que une diferentes áreas para enfrentar esses desafios com tecnologia de ponta.

Foi reforçado que é fundamental avançar em modelos nos quais a robótica colaborativa ajude a integrar a academia, a indústria e os produtores, para que a transferência tecnológica realmente atenda às necessidades dos agricultores e empresas do setor.

O QUE JÁ ESTÁ SENDO FEITO NA REGIÃO

Um dos programas destacados na ocasião foi o “Fortalece Pyme”, que até agora apoiou mais de 200 empresários agrícolas com diagnósticos e consultorias para impulsionar sua transformação digital. Os resultados mostram avanços reais em digitalização e uso de dados.

Também foi valorizado o trabalho conjunto entre o Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) e as universidades, que implementaram tecnologias baseadas em análise de imagens para identificar e controlar pragas, ajudando a proteger melhor o território.

Os participantes insistiram que é crucial validar e certificar adequadamente as tecnologias oferecidas, para evitar o uso de soluções sem respaldo técnico ou sem um bom suporte pós-venda.

A VISÃO DA INDÚSTRIA

José Miguel Stegmeier, presidente da Sociedade Agrícola de Biobío (Socabio), acredita firmemente que a inteligência artificial chegará à agricultura, embora em ritmos diferentes dependendo do setor.

“A agricultura terá seus tempos. Talvez demore um pouco mais, mas a IA será fundamental para alcançar maior produtividade, rentabilidade e também sustentabilidade”, disse.

Em sua opinião, essa transformação tecnológica é tão importante quanto foram a mecanização ou a tecnologia de irrigação em seu momento. A chave para avançar rapidamente é criar laços fortes entre agricultores, academia, pesquisadores e fornecedores de serviços.

Sobre os benefícios concretos, Stegmeier destacou que a IA pode ajudar a reduzir custos usando doses exatas de agroquímicos ou um volume mais preciso de água, melhorando o rendimento e a rentabilidade. Além disso, afirmou que a robótica pode resolver problemas como a falta de mão de obra no setor. Quanto ao âmbito florestal, Stegmeier comentou que persiste uma lacuna significativa entre as grandes empresas, que já usam tecnologia avançada, e os pequenos proprietários que não têm esses recursos.

“Se aplicarmos IA e outras tecnologias, poderíamos tornar a atividade florestal muito mais rentável para os agricultores médios e pequenos”, garantiu.

O PAPEL DA CORFO

Ximena Riffo Vargas, subdiretora da Corfo Biobío, explicou que a entidade já trabalha há algum tempo na transformação digital do agro e do setor florestal.

Por isso, afirmou que “para que a IA funcione no agro, precisamos de capital humano, que as empresas possam absorver a tecnologia e que ela seja oferecida em formatos acessíveis para as PMEs. Não queremos que a tecnologia acabe se tornando um problema para sua adoção”.

O foco, segundo ela, está em tornar as pequenas e médias empresas mais eficientes e capazes de manter-se competitivas, especialmente diante do aumento dos custos de insumos, água e energia, áreas onde a IA pode fazer a diferença.

Por fim, Riffo confirmou que a Corfo continua apoiando projetos ligados à IA, principalmente em inovação e empreendedorismo, e também com uma linha de Grupos de Transferência Tecnológica (GTT), que promovem o trabalho em equipe e a incorporação de novas tecnologias.

Fonte:La Tribuna



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